O ex-procurador, ex-coordenador da Lava Jato e pré-candidato a deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) registrou sua candidatura nesta sexta-feira (12/8) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao órgão, ele declarou um patrimônio de R$ 2,7 milhões.
Entre seus bens, Dallagnol declarou ter um apartamento, de R$ 1,1 milhão, em Curitiba (PR), e R$ 1 milhão numa conta bancária, além de aplicações financeiras.
Dessa quantia, o ex-procurador afirma que R$ 571 mil são de doações que recebeu de apoiadores para pagar a indenização por dano moral ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A condenação foi em março, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no caso do PowerPoint, em que Dallagnol acusou o ex-presidente de liderar suposta organização criminosa. O valor fixado foi de R$ 75 mil, adicionado de juros e correção monetária.
De acordo com os dados divulgados pelo TSE, 49% do patrimônio do ex-procurador foi acumulado até 2011, ou seja, antes da Operação Lava Jato.
Veja a lista completa:
- Apartamento em Curitiba: R$ 1.147.522,40
- Conjunto comercial em Curitiba: R$ 84.088,67
- Veículo: R$ 40.000,00
- Veículo: R$ 57.500,00
- Móveis residenciais: R$ 24.925,00
- Cota em empresa: R$ R$ 4.750,00
- Cota da esposa em empresa R$ 2.500,00
- Capital social em empresa: 55.000,00
- Conta bancária: 1.029.752,22
- Salvo em aplicações: R$ 9.115,70
- Salvo em conta: 488,92
- Crédito decorrente de empréstimo: R$ 5.000,00
- Crédito decorrente de empréstimo: R$ 775,00
- Crédito decorrente de empréstimo: R$ 1.460,58
- Crédito decorrente de venda de imóvel: R4 250.000,00
- Crédito de corrente de serviço educacional: R$ 2.390,93
- Título de clube: R$ 4.3000,00
Condenado pelo TCU
Nessa terça-feira (10/8), o Tribunal de Contas da União (TCU) condenou Dallagnol a pagar R$ 2,8 milhões por supostas irregularidades nos pagamentos de diárias, passagens e gratificações por desoneração a procuradores da Lava Jato. Dallagnol foi apontado como um dos gestores dos gastos da operação.