Nesta terça-feira, 09 de agosto, a Segunda Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU), condenou o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, o ex-procurador Deltan Dallagnol e o procurador João Vicente Romão a devolverem dinheiro gasto pela força-tarefa da Lava Jato.
Os valores incluem gastos com diárias e passagens e, somados, chegam a R$ 2,8 milhões.
O relator, Bruno Dantas, apresentou o relatório nesta terça e o texto foi aprovado de forma unânime, por 4 votos a zero. Outros sete procuradores foram julgados e inocentados.
O caso é apurado pelo TCU desde 2020. O relator e o sub-procurador do Ministério Público de Contas, Lucas Furtado, afirmam que houve irregularidades nos pagamentos de diárias e passagens, além de os gastos terem gerado dano aos cofres públicos.
Os ministros da Segunda Câmara do TCU entendem que os gastos da força-tarefa tiveram um “modelo antieconômico”, o que teria causado prejuízos. A avaliação é de foi permitido o pagamento “desproporcional” e “irrestrito” de diárias, passagens e de gratificações aos procuradores.
Para os magistrados, também houve ofensas ao princípio da impessoalidade, por falta de critérios técnicos para escolher procuradores que fariam parte da operação Lava-Jato.
Ainda cabe recurso da decisão. Segundo a repostagem, Janot e Dallagnol afirmaram que pretendem recorrer, enquanto Romão não foi encontrado pela reportagem.
Fonte/ Portal G1