A polícia investiga o desaparecimento de cinco pessoas em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Eles estavam num carro de aplicativo quando foram rendidos por bandidos.
Os desaparecidos são:
- Matheus Costa da Silva, 21 anos;
- Douglas de Paula Pampolha dos Santos, 22;
- Adriel Andrade Bastos, 24;
- Jhonatan Alef Gomes Francisco, 28;
- Um motorista da Uber, cuja nome ainda não foi revelado.
Os quatro jovens estavam num carro de aplicativo a caminho do shopping, em Nova Iguaçu.
Eles passavam pelo bairro Valverde em direção à Vila Canaã, no fim da tarde de sexta-feira (12), quando foram rendidos por homens armados e encapuzados.
“Fecharam o carro do motorista, um na frente e um atrás, os carros. Aí mandaram todos descerem, inclusive o motorista. Todo mundo desceu. Mandaram o meu filho e os outros amigos dele deitarem no chão, amarraram as mãos dele pra trás, do meu filho e dos meninos, inclusive do motorista de Uber. A gente não tem informação do Uber, não tem informação do meu filho, não tem informação de ninguém”, disse a mãe de um dos jovens sem se identificar.
Testemunhas relataram aos familiares como foi a ação.
A polícia ainda não divulgou o nome do motorista de aplicativo que também foi levado pelos bandidos.
O caso foi registrado na madrugada deste sábado (13) na delegacia de Nova Iguaçu, mas a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense já assumiu as investigações.
Parentes de um dos desaparecidos também foram até a delegacia de Comendador Soares. Eles dizem que foram orientados a procurar pelos jovens por conta própria.
“A mãe de um dos meninos também chegou a ir na 56ª DP. Ela falou sobre uma possível localização de celular, de GPS. Simplesmente falaram para ela na delegacia para ela poder ir aonde estava essa localização e procurar, ou seja, descaso total com os meninos, com o motorista de aplicativo. E a gente está indignado, preocupado, não sabe o que fazer”, disse outra mãe.
As famílias dos quatro jovens ainda estão tentando entender o que aconteceu e a angústia aumenta com o passar do tempo.
“Nós somos mães e estamos desesperadas sem saber notícias, sem saber o que aconteceu.”
A Polícia Civil disse que se for comprovado que a delegacia de Comendador Soares se recusou a registrar o caso, vai instaurar um procedimento para apurar a conduta do servidor. E determinou que o protocolo é que o registro de desaparecimentos seja feito imediatamente nas delegacias.
O que diz a Uber
A Uber diz que não tem condições de apurar o caso sem os dados do motorista e a placa do veículo.
“Não foi possível verificar o caso relatado pelo RJ2 porque, até o momento, não foram fornecidas à empresa informações suficientes para checar se a ocorrência mencionada se deu em viagem com o aplicativo da Uber. De qualquer forma, a empresa se coloca à disposição para colaborar com as autoridades no curso das investigações”, diz a nota.
Fonte: G1