PM que fugiu após ser preso por sequestro de jornalista volta a trabalhar como policial

Polícia Militar Bruno Inforzato de Oliveira Gomes, suspeito de participação no sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos foi preso na zona Sul de Boa Vista — Foto: Arquivo Pessoal

O sargento da Polícia Militar, Bruno Inforzato de Oliveira Gomes, preso por obstrução na investigação do sequestro do jornalista Romano dos Anjos, voltou a trabalhar na Polícia Militar em “funções http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativas”. Ele recebeu liberdade provisória em abril deste ano e já havia fugido do Comando de Policiamento da Capital (CPC) em março deste ano, onde estava preso.


De acordo com o Comando Geral da Polícia Militar, a Justiça determinou a suspensão do porte de arma do sargento, uso de tornozeleira eletrônica e afastamento das funções públicas por 120 dias.


Após o fim do prazo, ele retornou às atividades no dia 6 de agosto, mas segue com o porte de arma suspenso. Ao g1, a defesa do PM informou que não tem interesse em comentar sobre o caso.


Bruno Inforzato, já chegou a fugir do Comando de Policiamento da Capital (CPC) no dia 17 de março, mas foi capturado logo em seguida.


Além de Inforzato, também foram presos pelo sequestro oito militares e um ex-servidor da Assembleia Legislativa. O ex-deputado Jalser Renier, apontado como mandante do crime, até então é o único investigado em liberdade.


A manifestação foi enviada na terça-feira (5) e vai contra ao entendimento da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Roraima (MPRR), que denunciou os 11 suspeitos por oito crimes. Por conta desta mudança, quatro policiais presos já pediram liberdade na Justiça.


Em relação a estas solicitações de liberdade, a juíza concedeu vistas ao Ministério Público para se manifestar acerca da manutenção ou não da prisão preventiva dos demais presos, exclusivamente no que se refere aos crimes de organização criminosa e obstrução da Justiça.


Mudança de instância

Por conta da perda de mandato de Jalser Renier, e consequentemente do foro privilegiado, o processo do caso Romano saiu da segunda instância do Tribunal de Justiça de Roraima e foi para a primeira, também chamada de “Justiça Comum”, na Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas.


A decisão de descer o processo da segunda instância, onde tramitam as ações contra deputados e investigados com foro, foi do desembargador Almiro Padilha. Ele considerou que, sem o cargo de deputado, Jalser deve ser julgado por um juiz de primeiro grau.


Dessa forma, o caso passou a ser analisado por Azaredo, que integra a Promotoria de Justiça Criminal Especializada em Crimes de Tráfico de Drogas, Decorrentes de Organização Criminosa, Crimes de Lavagem de Capitais.


O Ministério Público informou que “qualquer mudança na estratégia acusatória pelos novos órgãos legitimados não implica em juízo negativo de valor sobre denúncia anteriormente apresentada em outra instância“.


É importante esclarecer à sociedade que, independentemente de eventual subordinação http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativa, não se permite qualquer espécie de interferência na atividade finalística entre os membros da Instituição que atuam perante instâncias diversas, dado o princípio da independência funcional que é fundamental à atuação do Ministério Público“, complementou.


No dia 16 de setembro, seis policiais militares e um ex-servidor da Ale-RR foram presos na primeira fase da operação Pulitzer por suspeita de envolvimento no sequestro do jornalista Romano dos Anjos. A ação foi executada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Roraima e a Secretaria de Segurança Pública (Sesp).


Em 25 de setembro, o g1 noticiou que o delegado-geral da Polícia Civil de Roraima, Herbert Amorim Cardoso, tentou interferir nas investigações sobre o sequestro do jornalista Romano dos Anjos. A informação foi citada em trecho da representação do delegado João Luiz Evangelista.


No dia 30 de setembro, a Corregedoria da Polícia Civil abriu processo http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo disciplinar contra o delegado-geral Herbert de Amorim e o delegado-adjunto Eduardo Wainer para apurar a suposta interferência no caso.


Em 1º de outubro, Jalser foi preso na segunda fase da Operação Pulitzer. A ação também prendeu mais dois coronéis e um major da Polícia Militar.


G1 RR


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