Pastor é preso suspeito de estuprar 4 filhas menores e engravidar uma

Um pastor evangélico de 40 anos foi preso por suspeita de estuprar quatro filhas e engravidar uma delas no município de Portão (RS). A prisão preventiva do homem foi decretada ontem, dois dias após uma denúncia anônima sobre a situação das meninas ser feita ao disque-denúncia e ao Conselho Tutelar do município.


Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, após a denúncia, uma equipe foi até a casa das vítimas e as levou para prestar depoimento na delegacia.


Além das quatro vítimas, que têm entre 12 e 17 anos, também moravam na casa do pastor a irmã mais velha delas, uma jovem de 19 anos que não quis prestar depoimento, e a mãe, que confessou saber dos crimes.


“Todas confirmaram os abusos, inclusive deram detalhes. A mãe confirmou que viu há três meses a filha de 12 anos chorando, foi até ela para ver o que era, e, antes disso, viu o marido saindo de dentro do quarto da filha”, explicou em entrevista ao UOL o delegado responsável pelo caso, Marcos Mesquita.


O delegado disse, ainda, que a mãe das vítimas perguntou ao marido sobre os abusos e que ele teria negado a princípio, mas confessado depois. “Ela também falou que há um ano soube que ele vinha abusando da filha de 12 anos e também falou que soube que um dos abusos da filha de 17 anos dela resultou em um neném”, disse Mesquita.


O delegado também pediu a prisão preventiva da mulher por omissão, mas o pedido não foi aceito pela Justiça.


Segundo a Polícia Civil, em depoimento, o suspeito negou o estupro das filhas mais novas, mas disse ter mantido relações sexuais com a garota de 17 anos “porque ela quis”. “Ele disse que teve apenas uma relação com ela, que ela engravidou e que o menino é filho e neto dele”, afirmou o delegado.


Duas ocorrências relativas a abusos sexuais já tinham sido registradas contra o pastor anteriormente, sendo uma em 2007, no município de Estrela (RS), onde ele teria “agarrado uma moça”, e outra em Humaitá (RS), onde ele teria abusado de uma menor de idade em 2002.


As quatro vítimas, assim como o bebê de uma delas, foram encaminhadas para um abrigo em Novo Hamburgo, também no Rio Grande do Sul. A mãe das garotas continua em casa com a filha mais velha.


A polícia aguarda laudos periciais para comprovar o abuso sexual e o resultado de DNA para comprovar a paternidade do filho da garota de 17 anos.


Os nomes das partes envolvidas no processo não foram divulgados para preservar as vítimas. O UOL procurou o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul buscando informações sobre a audiência de custódia e sobre o defensor apontado para representar o pastor, mas o órgão alegou que o processo corre em segredo de Justiça. A reportagem não conseguiu confirmar a identidade do suspeito para solicitar posicionamento de sua defesa.


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