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Nizo Neto relembra surto psicótico e morte do filho após tomar Ayahuasca

O ator Nizo Neto relembrou a triste perda do filho, Rian Brito, que foi encontrado morto aos 26 anos em uma praia do Rio de Janeiro em 2016. Segundo ele, o filho mudou e teve um surto psicótico após tomar várias doses de chá de Ayahuasca, planta usada na medicina indígena, que provoca alucinações.


“Meu filho tomou Ayahuasca, algumas doses, e teve um surto psicótico”, começou em trecho da entrevista ao podcast “Bac Cast”, compartilhado em suas redes sociais. “Ele estava procurando uma forma espiritual de lidar com uma perda amorosa que ele teve e começou a tomar. Lá pela terceira ou quarta dose, ele pirou. Não queria mais comer. Dizia que se fosse comer estaria traindo a Deus”.


Eu dizia: ‘vem cá, que traição é essa?’ Ele vinha com uma conversa sem pé nem cabeça, com uma conversa que ninguém entendia, e vimos realmente que tinha uma coisa muito estranha acontecendo. Ele começou a emagrecer demais. Um cara de 1,80m pesando 50 quilos. Totalmente anoréxico e com a pele já acizentada”, continuou. Preocupado com o estado do filho, ele decidiu interná-lo em uma clínica psiquiátrica.


“Eles são muito sérios nessa clínica e estudam substâncias. Falaram: ‘se ele tomou Ayahuasca, essa crise que ele tá tendo… isso é clássico, é uma coisa muito séria, meio que um caminho sem volta'”, relembrou o ator, que é filho do humorista Chico Anysio (1931-2012). No trecho da entrevista, ele ainda revelou receber críticas por tratar o Ayahuasca como uma droga.


“As pessoas se ofendem muito quando chamam de droga, mas tem gente que toma Ayahuasca e se dá muito bem. Ouço relatos de quem tomou e curou a depressão, largou drogas e alcoolismo. Tem gente que diz: ‘tomei e passei muito mal, nunca mais vou tomar’. Tem gente que fala: ‘tomei e não aconteceu nada'”, ponderou.


“O grande problema disso é que não tem como detectar se a pessoa tem alguma pré-disposição psiquiátrica. Meu filho era absolutamente normal, não demonstrava nada. Não tinha depressão, não tomava remédios controlados, absolutamente normal, jovem de 26 anos”, continuou Neto. “Isso não é um caso isolado porque recebi diversos relatos de pais falando que aconteceu a mesma coisa com os filhos, que desenvolveram esquizofrenia, se suicidaram”.


Rian Brito desapareceu em 23 de janeiro e o seu corpo foi encontrado dias depois na areia da Praia de Flecheiras, no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, em Quissamã, no Norte Fluminense, já em avançado estado de decomposição. O exame de necropsia apontou que a causa da morte teria sido afogamento.


Fonte/ Portal Yahoo.com n


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