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Miguel Pupo: ‘Me incomodava não ter chegado numa final antes’

Miguel Pupo é um homem mais leve. Depois de dez temporadas e 93 etapas no Circuito Mundial de surfe, a primeira vitória enfim veio. E numa das etapas mais cobiçadas: Teahupoo, no Taiti. Nem houve muito tempo para comemorar a conquista, que consolidou seu melhor ano na World Surf League. O paulista de 30 anos saiu do campeonato direto para o aeroporto. Em meio à maratona aérea para voltar ao Brasil, achou tempo para conversar sobre a vitória e os planos para os próximos dias.


Como foi o dia seguinte, acordar com uma vitória de CT no currículo?


Ainda não vivi o dia seguinte! Saí do pódio direto para o avião. Faltam ainda dois voos para chegar em casa. Mas é uma sensação de alívio. Queria uma vitória de CT no meu currículo, para consolidar meu trabalho. Todo mundo sabe o quanto é difícil um CT, então tem muito peso ter isso no currículo. Para mim ainda mais por ter sido em Teahupoo, a onda mais temida do mundo. Acho que todo mundo quer ter o troféu de Teahupoo e Pipeline em casa. Foi vencido com uma estampa a mais, botando o pé, fazendo as ondas, as notas, surfando muito.


WSL Finals: Confira como ficaram os confrontos

De alguma forma te incomodava não ter feito antes uma final? Essa etapa tira um peso dos ombros?


Com certeza me incomodava não ter chegado numa final antes, não ter atingido esse nível de estar entre os dois melhores de um evento. Era meu objetivo no ano. Parecia um sonho distante, mas eu sei o quanto me dediquei para estar ali. Foi bateria a bateria, onda a onda. Quando precisei de um pouco de sorte, as coisas aconteceram. Tudo encaixou bem.


Qual foi “A” bateria do evento para você, aquela que te deu a sensação de que podia ser o campeão?


A grande virada de chave foi a bateria do Round 2 (repescagem, contra o americano Nat Young). Eu quase tinha vencido no primeiro round. Ficou no detalhe. Eu estava um pouco triste com a derrota, e faltando cinco minutos eu estava perdendo (na repescagem), sem a prioridade. Consegui escapar e fazer uma onda boa. Foi ali que tudo virou para mim, virou o jogo, a vontade.


Na semifinal contra o Caio (Ibelli) também, um atleta que tinha vencido o Nathan Hedge, que vinha surfando muito. A gente chama ele de “carne de pescoço” (risos), é muito duro na queda. Foi uma bateria apertada, de notas baixas. Depois que passei dele estava no lucro. Tinha chegado onde queria chegar, sabia que levaria um troféu para casa, ou de segundo ou de primeiro. Não tinha nada a perder, fui para cima e saiu a vitória. Estou muito, muito feliz.


Você teve o melhor ano de sua carreira, terminando em sexto no ranking. Ficou fora do WSL Finals por apenas 85 pontos. Qual o sentimento que fica?


O sentimento é só de alegria. Sabia que a missão era difícil, tinha que vencer o evento para ter alguma chance. Foquei nesse trabalho, vencer o evento independente do que acontecesse. Se rolasse o Finals seria show, estaria mais feliz ainda. Não rolou, mas foi meu melhor ano, ainda passei o Griffin (Colapinto) na reta final. Primeira vez que acabo no Top 10, e na beira do Top 5. Mostra que estou no caminho certo.


Esse fim de ano com vitória estimula e motiva mais para 2023?


Sem dúvida, estimula muita coisa. Se está dando certo, é dobrar a dose. Pode ser que dê mais certo ainda. Agora é ir para casa, ficar umas três semanas, e depois vou para a Califórnia defender o Brasil no ISA Games (em setembro, em Huntington Beach), que está valendo mais uma vaga para o Brasil nas Olimpíadas. Vai ser meu último evento do ano, que me comprometi a fazer, e depois vou tirar férias e curtir um pouco.


Fonte/ Portal O Globo


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