Ícone do site Ecos da Noticia

Libertadores: Flamengo vive era de ouro sustentado pelo aumento da receita e gols

Foto: reprodução

Embalado no segundo semestre de 2022, o Flamengo quer consolidar a sua nova era de ouro na Libertadores. Na busca pela terceira final em quatro edições, o time rubro-negro encara o Vélez, na Argentina, hoje a partir das 21h30, no primeiro jogo da semifinal do torneio sul-americano.


De 2018 para cá, a equipe carioca se tornou protagonista da competição, com 100% de participações e classificações à segunda fase. Depois de um título em 2019 e um vice em 2021, atravessou momentos conturbados nas finanças por ocasião da pandemia, crises no departamento de futebol por mau desempenho e troca de técnicos em excesso, mas o clube sempre esteve estruturado para figurar como um dos favoritos ao título continental.


Ainda coadjuvante nos dados históricos da Libertadores, entre brasileiros e sul-americanos, o Flamengo liderou ao lado do Palmeiras as últimas edições, quando o poderio econômico e a boa gestão se tornaram mais relevantes e influenciaram no desempenho de um torneio que passou a ser disputado ao longo de toda a temporada.


Levantamento mostra que o desempenho do clube hoje é o maior entre todas as “eras” da competição, com mais de um terço dos jogos, das vitórias, dos pontos e dos gols em relação a todas as participações. O aproveitamento na atual fase é de 63%, contra 60% na década de 1980, quando participou de quatro das 10 edições. No recorte dos principais goleadores, a supremacia do atual elenco salta aos olhos e ajuda a ilustrar essa conta.


As “eras” estão representadas na lista de artilheiros com 14 nomes. O grupo montado desde 2017 conta com cinco atletas – Gabigol, Bruno Henrique, Pedro, Éverton Ribeiro e Arrascaeta. A chamada “era de ouro” da década de 1980 com Zico, Nunes, Tita, Adílio e Edmar. Gaúcho e Marcelinho Carioca são os representantes do início de 1990. E Léo Moura e Vagner Love das décadas de 2000 e 2010.


O líder dessa lista é Gabigol, com 27 gols, seguido por Zico e Bruno Henrique, com 16, e Pedro, que este ano chegou a 12 e lidera a artilharia da Libertadores. Éverton Ribeiro, Gaúcho e Tita têm 10 gols cada. Arrascaeta vem em seguida com oito, e depois com sete há Marcelinho Carioca e Nunes. Adílio, Edmar, Léo Moura e Vagner Love completam a lista, com seis.


Crescimento das receitas sustenta maior investimento


O desempenho esportivo que atingiu outro patamar se deve muito ao crescimento das receitas do Flamengo, capitaneado pela venda de jogadores, que em quatro anos se aproxima de R$ 1 bilhão. Em 2019, o valor bruto total arrecadado pelo clube chegou a R$ 950 milhões, superando em 75% o valor obtido em 2018, que foi de R$ 543 milhões. Após queda no período da pandemia, para R$ 756 milhões, o clube superou em 2021 a marca do bilhão, com R$ R$ 1,082 milhões, um nível de faturamento inédito no futebol brasileiro.


Com parte do valor referente ao que foi pago pelo Campeonato Brasileiro de 2020 no ano seguinte, a receita foi de R$ 992 milhões, e representa um crescimento de 31% em relação a 2020 e de 4% em relação ao ano de 2019. Apesar da queda das receitas de Matchday, que incluem bilheteria e sócio-torcedor, em 2020, houve aumento em todas as demais linhas, com destaque para as receitas comerciais, com crescimento de 69% após assinatura de contratos de patrocínio que seguem em vigor em 2022.


Desde 2019, o Flamengo elevou o sarrafo das suas despesas com o futebol, após equacionar dívidas, e passou a gastar mais de R$ 500 milhões por temporada com atletas e pessoal. Mas hoje, o valor investido no elenco representa cerca de 30% da receita total, o que nos últimos anos era de uma proporção que se aproximava de pelo menos o dobro, e que em outros clubes chega a quase 100%.


David Luiz volta ao time sob observação


O Flamengo projeta ter em campo o que tem de melhor para manter a invencibilidade na Libertadores. Com a recuperação de David Luiz de uma hepatite, o zagueiro treinou normalmente e só não será titular se apresentar algum sintoma antes da partida contra o Vélez. Após a vitória sobre o Botafogo no Brasileiro com uma equipe alternativa. Arturo Vidal, autor do gol no clássico, segue no banco. Dorival Júnior manterá a equipe que tem atuado nas duas competições de mata-mata, com João Gomes e Thiago Maia na marcação do meio-campo.


A novidade fica apenas por conta da presença de Diego Alves no banco como opção ao goleiro Santos. Também não haverá surpresas do meio para o ataque. Gabigol terá sequência depois de atuar nas duas últimas partidas e jogará ao lado de Pedro mais uma vez, com Éverton Cebolinha novamente como opção. O reforço mais caro do clube na temporada tem subido de produção, mas o treinador prefere não mexer no setor que tem atuado tão bem, sobreetudo com o crescimento dos meias Arrascaeta e Éverton Ribeiro, titularíssimos. A baixa no setor é Marinho, quer sequer viajou, com febre.


Fonte: Extra


Sair da versão mobile