O Tribunal do Júri condenou Nestor Daniel Guzman, de 36 anos, a 24 anos de prisão por matar a mulher grávida de seis meses em julho de 2018. A condenação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) nesse sábado (20).
O julgamento ocorreu na última quinta-feira (8), durante a 21º Semana da Justiça pela Paz em Casa. O homem foi julgado após ser denunciado por homicídio, aborto e ocultação de cadáver.
A sessão ocorreu de maneira presencial, mas o réu participou virtualmente, pois está preso no estado do Acre. Em novembro de 2018, ele foi localizado pela Polícia Federal do Acre, quando tentava entrar no estado pela fronteira com o Peru.
Ele foi condenado pelo júri popular por três crimes: homicídio qualificado pelo motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, por aborto e ocultação de cadáver. A pena foi de 24 anos em regime fechado.
O crime
A mulher de Gusman, a venezuelana Betzabeth Miguelina Adam Daza, de 23 anos, foi morta em julho de 2018 em uma chácara, na zona rural de Boa Vista. Grávida de seis meses, a vítima foi enterrada em uma cova rasa, no quintal da casa onde moravam com dois filhos pequenos, de 2 e 4 anos.
Um dos filhos contou ter visto o padrasto, Daniel Guzman, batendo na mãe. O cadáver foi achado por responsáveis pela chácara, após encontrarem roupas queimadas da gestante ao lado de um banheiro externo.
De acordo com uma mulher, irmã do dono da chácara, o marido da venezuelana deixou as crianças com um vizinho e desapareceu. O homem teria dito às pessoas que ela tinha ido embora para a Venezuela.
Depois disso, ele saiu de Boa Vista e seguiu para as cidades de Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco, Brasileia, Assis Brasil e Peru. Mas, ao retornar do país vizinho para o Acre foi encontrado o mandado. Desde então, o homem estava preso aguardando julgamento.
Fonte: G1