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Justiça condena a mais de 47 anos de prisão líder de quadrilha acusado de tentativa de latrocínio contra dois PMs 

Carro dos policiais foi totalmente queimado — Foto: Aluisio Marques/TV Globo

A Justiça condenou a mais de 47 anos de prisão por tentativa de latrocínio – roubo seguido de morte – Vitor Gabriel de Oliveira Veloso, também conhecido como Vitinho, líder de uma quadrilha que foi acusado de torturar um casal de policiais em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O crime aconteceu em janeiro de 2020, quando eles foram severamente agredidos na casa onde residiam, no condomínio Ouro Verde.


As vítimas, o coronel reformado Alex de Melo, de 50 anos, levou um tiro na cabeça. Já a esposa dele, a cabo Raiana Rodrigues Figueiredo, de 34, na época ainda na ativa, foi atingida por um disparo nas costas e outro na cabeça.


Ambos foram socorridos pelo helicóptero da PM e levados em estado grave para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na Região Hospitalar da capital.


Extrai-se, ainda, que com deliberado intuito de matar as vítimas e garantirem a consumação do roubo, a violência empregada na subtração resultou em lesão corporal de natureza grave, somente não gerando o pretendido resultado morte por circunstâncias alheias à vontade do denunciado. Também narra-se que, no curso da execução do delito, com novos desígnios, os coautores, sob a ordem do denunciado VITOR, privaram as vítimas de suas liberdades, o que resultou em grave sofrimento físico, via maus-tratos e pela natureza da detenção“, diz trecho do documento apresentado pelo Ministério Público de Minas Gerais descrito na sentença proferida pelo juiz Walter Guilherme Alves da Costa.


“Vitinho” também foi condenado pelos crimes de receptação, adulteração de veículo e associação criminosa. A pena total foi de 47 anos e 3 meses de prisão. Ele está preso preventivamente e não poderá recorrer em liberdade, de acordo com o decidido pela Justiça.


Considerando que o réu responde preso ao processo, além da gravidade, natureza e circunstâncias do delito, visando a garantia da ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal, estando presentes os motivos que ensejam a prisão processual (art. 312 do CPP), nego-lhe o direito de recorrer da presente sentença em liberdade. Recomendo-o à prisão em que se encontra“.


Força-tarefa


No dia seguinte à ocorrência, a PM instaurou uma força-tarefa para apurar a motivação do ataque ao casal de militares. Segundo a corporação, três suspeitos teriam participado da ação, marcada por extrema violência e crueldade, durante aproximadamente duas horas.


A chefe da sala de imprensa da PM, capitão Layla Brunnela, explicou que a PM foi acionada por um vizinho do casal, que alegava que os militares poderiam ter sido vítimas de um roubo e que teria ouvido tiros vindos da casa deles.


O coronel reformado foi atingido por dois tiros no rosto. Já a cabo foi ferida por um tiro nas costas e outro na cabeça. Ambos também tiveram cortes e fraturas“, relatou a militar.


Suspeito de chefiar grupo que assaltou e torturou casal de policiais na Grande BH, “Vitinho” foi preso em novembro de 2021.


Fonte: G1 MG


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