Um idoso de 60 anos morreu neste sábado (20), vítima de um dispositivo de segurança que ele mesmo confeccionou para proteger a oficina mecânica, da qual era dono.
O caso ocorreu em Araxá, município que fica a 360 km de Belo Horizonte (MG).
De acordo com a Polícia Civil, a vítima montou um aparelho utilizando fio de cobre e uma arma de fogo. A intenção era que o dispositivo de segurança fosse acionado quando alguém entrasse no estabelecimento com intenções de roubo. Para isso, a pessoa teria que esbarrar no fio de cobre, o que acabou ocorrendo quando o próprio dono adentrou ao local.
Os agentes disseram que a arma disparou e um tiro atingiu o peito do homem, que morreu no local.
O corpo do idoso foi levado para o IML (Instituto Médico Legal), onde vai passar por um exame de necropsia, sendo depois liberado para a família.
A polícia não informou se o homem tinha porte de arma e se ela estava com a documentação em conformidade.
Registro de armas
O Brasil tem experimentado um aumento expressivo de registro de posse de armas. Em 2021, o número de armas nas mãos de civis atingiu a marca de 204,3 mil artefatos licenciados pela Polícia Federal.
É uma alta de 300% em relação às 51 mil peças registradas em 2018, antes de o presidente Jair Bolsonaro assumir com a promessa de facilitar o acesso a armas para cidadãos comuns.
O levantamento, mostra que 76% dessas armas foram parar nas mãos de civis e representa representa um aumento sem precedentes.
De acordo com especialistas, o aumento da circulação de armas na sociedade representa um risco para a segurança da população em geral. Daniel Cerqueira, do Fórum de Segurança Pública, afirma que a política do governo Bolsonaro é anticientífica ao estimular o armamento como forma de defesa.
Fonte/ Portal G1