A Justiça do Rio de Janeiro expediu o mandado de soltura de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, morto em 2021. A decisão foi tomada na manhã desta segunda-feira (29) a expectativa é que ela deixe o Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, nesta tarde. As informações são do portal g1.
A decisão foi tomada após o ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça. Na última sexta-feira (26), o magistrado revogou a prisão preventiva de Monique e deu a ela o direito de responder em liberdade.
A defesa entrou com um pedido de habeas corpus que, até agora, não foi analisado, mas foi concedido um ofício. Isto é, o ministro teve iniciativa própria para atender a defesa.
“Não conheço do presente habeas corpus, mas concedo a ordem de ofício para revogar a prisão preventiva da paciente, assegurando o direito de responder ao processo em liberdade, sem prejuízo de nova decretação de medida cautelar de natureza pessoal com lastro em motivos contemporâneos”, escreveu Noronha da decisão.
“Não se pode decretar a prisão preventiva baseada apenas na gravidade genérica do delito, no clamor público, na comoção social, sem a descrição de circunstâncias concretas que justifiquem a medida”, seguiu o ministro.
Leniel Borel, pai de Henry, criticou a decisão e a classificou como “um absurdo”. “Mataram meu filho mais uma vez em uma decisão unilateral do Judiciário brasileiro. É muito triste, como pai, ter que lutar todo dia e ainda assim ver o sistema beneficia, em vez da vítima, o assassino. É um absurdo, e vou tentar recorrer, sim”, disse ao portal g1.
Na próxima semana, Leniel, que é também assistente de acusação, vai apresentar as alegações finais pedindo a pronúncia de Monique Medeiros e de Jairinho, então namorado da mãe e também réu pela morte.
Fonte/ Portal Yahoo.com