Ex-aluno que matou professora com faca disse que queria “dar um susto”

Professora morta por ex-aluno em Inhumas, Goiás Reprodução

O auxiliar de produção Henrique Marcos Rodrigues de Oliveira, de 24 anos, que confessou ter esfaqueado e matado a sua ex-professora Cleide Aparecida dos Santos, de 60 anos, disse em depoimento para a Polícia Civil que seu objetivo era apenas “dar um susto” na educadora.


Cleide foi barbaramente assassinada com golpes de faca pelo ex-aluno, que invadiu a casa dela na madrugada de quarta-feira (24/8) em Inhumas, região metropolitana da capital de Goiás. A vítima trabalhava há 37 anos na área da educação e o crime comoveu a cidade.


Vídeo mostra jovem após matar professora em Inhumas, Goiás, diz PM Foto: reprodução/TV Anhanguera

Henrique foi localizado por uma equipe da Polícia Militar e foi preso em uma unidade de saúde, onde ele cuidava do pé cortado. O ferimento ocorreu no momento em que ele chutou a porta da casa da professora.


Ataque


Em depoimento à polícia, acompanhado de um advogado, Henrique disse que atacou a professora porque ela seria implicada com ele e o repreendia verbalmente. Isso teria acontecido em 2021, na época em que ele estudou na escola Castelo Branco, onde a Cleide tinha um cargo de diretora.


De acordo com a polícia, a professora, na verdade, dava advertências e broncas em Henrique por causa do seu mau comportamento e uso de drogas.


Segundo o depoimento, Henrique “disse que pulou para dentro da casa da vítima com a intenção de lhe dar um susto”. O estopim, na versão do homicida confesso, é que a professora não teria cumprimentado ele na rua.


Henrique invadiu a casa usando uma camiseta preta na cabeça, como capuz, e primeiramente foi visto por um rapaz, que seria filho da vítima. Esse rapaz teria gritado que tinha um ladrão na residência.


O auxiliar de produção disse que então correu para o fundo da casa, onde teria visto a vítima. Ele a atacou com golpes de faca, mas disse não se lembrar quantos foram, porque estava com raiva na hora. A vítima não o teria reconhecido, segundo ele, ainda que a camiseta usada como capuz tinha caído no momento do ataque.


Chinelo e sangue


O ex-aluno ainda esqueceu um chinelo no local do crime e voltou para buscar. No entanto, como o lugar estava com muito sangue, desistiu de resgatar o calçado. O suspeito foi localizado com a ajuda de câmeras de monitoramento.


A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) assumiu a defesa do suspeito. Em nota, o órgão informou que “como instituição responsável por garantir acesso à justiça integral e gratuita a pessoas que não podem pagar por sua assistência jurídica, informa que atua na defesa de Henrique Marcos Rodrigues de Oliveira, garantindo-lhe o devido processo legal”.


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