A professora Cleide Aparecida dos Santos, de 60 anos, teve a casa invadida por um homem encapuzado na madrugada desta quarta-feira (24/8), em Inhumas (GO), na região metropolitana da capital goiana, e foi morta a facadas.
O suspeito é um jovem de 24 anos, que foi encontrado e preso nesta manhã. De acordo com a Polícia Militar de Goiás (PMGO), trata-se de um rapaz que estudou na escola onde Cleide atuou como diretora (Colégio Estadual Presidente Castelo Branco).
Ele invadiu a residência pela janela e, logo, foi visto pela vítima. O crime teria sido motivado por vingança. O ex-aluno, que é usuário de drogas, foi alvo de ações de Cleide no período em que ela esteve como diretora. Ela tentou inibir o uso e comercialização de entorpecentes no interior e nas imediações do colégio, conforme a polícia.
A professora, ao perceber o ataque, chegou a gritar pelo filho de 20 anos, que estava com ela em casa. O jovem tentou conter o criminoso, iniciando uma luta corporal, mas também foi ferido, com um corte no braço.
Fuga e prisão
Após esfaquear Cleide, o homem encapuzado pulou o muro e fugiu. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para socorrer a professora, ela foi levada para um hospital da cidade, mas não resistiu.
O suspeito foi encontrado pela polícia em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na manhã desta quarta-feira, enquanto buscava auxílio médico, pois havia se ferido durante a fuga.
Lamento
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) lamentou a morte da profissional: “Neste momento de dor, o Sintego expressa suas condolências e os mais sinceros pêsamos aos familiares, amigos e colegas”.
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) também emitiu nota de pesar.
Veja:
“A Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) expressa suas condolências à família da professora Cleide Aparecida dos Santos, morta de forma brutal na madrugada desta quarta-feira (24), em Inhumas.
Cleide Aparecida tinha 60 anos e era servidora efetiva da rede estadual de ensino desde 1985, tendo dedicado 37 anos de sua vida à Educação goiana. Atualmente, atuava como profissional de apoio no Centro de Ensino em Período Integral (CEPI) Horácio Antônio de Paula, tendo um grande papel na formação dos alunos da Educação Especial.
Manifestamos nossos sentimentos aos filhos, parentes e amigos de Cleide Aparecida e rogamos para que Deus ampare a todos neste momento de dor e tristeza!”
Fonte: Metrópoles