Entenda o caso: Mãe é presa após confessar ter matado os próprios filhos e ainda dá explicação para o que fez

Foto: Divulgação

Uma mulher de 31 anos foi presa sob suspeita de ter matado os filhos, de 3 e 10 anos, bem como de ter deixado os corpos das crianças dentro do apartamento durante 15 dias, na cidade de Guarapuava, interior do Paraná. Na delegacia, ela confessou os crimes.


Eliara Paes Nardis ligou 14 dias depois da morte das crianças para um amigo advogado e teria confessado que matou Joaquim Nardis Jardins, de 3 anos, e Alice Nardis de Oliveira, de 10 anos. A suspeita também teria dito que permaneceu com os cadáveres no apartamento durante todos aqueles dias.


O advogado ligou para a Polícia Civil e informou que havia recebido essa ligação. A polícia encontrou os corpos em cima da cama da mãe. De acordo com a instituição, Eliara teve o cuidado de colocar cobertores em cima das crianças para reduzir o odor.


Segundo a polícia, a mulher afirmou que não estava mais conseguindo prover o sustento das crianças, emocionalmente e afetivamente. Ela alegou que estava fazendo tudo sozinha e que o pai do menino era ausente. O pai da filha mais velha já havia falecido.


Eliara Paes Nardis deve responder por fraude processual, ocultação de cadáver e duplo homicídio triplamente qualificado.


Cartas foram encontradas no local do crime.


“Ela redigiu cartas durante o tempo que ela ficou com as crianças no apartamento […] Era direcionado a alguém, então ela ensaiou uma estratégia de defesa, mais uma vez se desculpando e criando estas justificativas, principalmente referente a questão financeira, relatando que o pai da criança não estaria presente, a sua família também”, contou Ana, que destacou que o pai pagava uma pensão alimentícia e a suspeita recebia um salário de aproximadamente R$ 3 mil.


“São cartas longas, são duas cartas, uma de oito páginas e outra de três ou quatro. Elas dizem que até o momento em que ela tinha só a filha a vida dela era boa, apesar do pai da filha ser falecido, ela ainda conseguia, mas depois que ela encontrou o pai do menino, tudo se tornou (palavrão), porque ele era um pai (palavrão). É bastante interessante porque parece que ela tem rancor muito grande do pai do menino”, contou Ana Hass.


Nos textos, a suspeita também compara a vida com a do pai do garoto. “Fala em cartas que ele (pai do filho) estava namorando, curtindo a vida, enquanto ela estava sozinha, cuidando dos filhos, então era uma vida que ela não queria. Então falando de forma bem direta, ela ‘se livrou’ dos filhos, na tentativa de talvez ter uma nova vida”, revelou a delegada.


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