Com início da campanha, PF intensifica acompanhamento de redes e avaliação de risco de candidatos

Com o início oficial da campanha, nesta terça-feira, 16, a Polícia Federal intensificará o acompanhamento das redes sociais e a avaliação de risco dos candidatos. A classificação do grau de risco ao qual cada presidenciável está exposto será feita diariamente a partir do perfil de cada evento de campanha e da quantidade de ameaças recebidas ou detectadas.


Isso pode fazer com que a PF eleve o grau de preocupação com uma candidatura, reclassifique o presidenciável e determine eventualmente o aumento do efetivo que deve acompanhá-lo ao longo das próximas semanas, de acordo com integrantes da corporação.


A classe atribuída a cada candidatura é vista apenas como “inicial” e sujeita a aperfeiçoamentos, dizem policiais envolvidos diretamente na operação. O ex-presidente Lula (PT) tem o grau mais elevado de classificação, seguido por Ciro Gomes (PDT). Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Luiz Felipe D´Ávila (Novo) estão enquadrados em classes de risco menos alarmantes, mas também contam com segurança e monitoramento constante. O presidente Jair Bolsonaro está sendo acompanhado pela equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).


O acompanhamento das redes sociais tornou-se peça fundamental do trabalho e a operação será agora acelerada. Isso porque a campanha ganha outro ritmo a partir de agora, não só com a maior exposição dos nomes como mais eventos de rua e de maior porte.


O trabalho é feito por profissionais da inteligência da PF e serve para identificar ameaças para atos específicos de campanha ou movimentações genéricas para atingir um candidato. O grupo mapeia comentários para discernir o que é “bravata” de internet de indícios da movimentação suspeita de indivíduos que queiram mirar os presidenciáveis.


A PF já sabe, por exemplo, que os dois megacomícios programados pela campanha de Lula para esta semana devem ser classificados como grau máximo de atenção e exigir reforços das equipes de segurança local – além da dedicação do time que já acompanha o petista.


Para esta eleição, a PF criou uma matriz de proteção dos presidenciáveis para definir o grau de perigo ao redor de cada candidatura. O modelo leva em consideração diversos elementos, como ameaças já registradas e popularidade da candidatura. Antes, a corporação focava como principal elemento para definir o efetivo empregado na segurança a colocação do candidato nas pesquisas.


Houve não só a mudança na forma de avaliar os riscos, mas incremento nos recursos investidos para a eleição de 2022. São cerca de R$ 25 milhões de orçamento e ao redor de 400 policiais dedicados à segurança dos presidenciáveis.


Na avaliação de integrantes da corporação, esta é a eleição que conta com a maior estrutura já mobilizada para garantir a segurança dos candidatos.


A melhoria se deu diante da avaliação de que há uma escalada na violência na política como um todo nos últimos anos e a PF precisava evoluir também no planejamento.


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