O empresário Adilson Ramos, 28, decidiu ampliar o comércio de uma forma bastante inusitada. Dono de uma loja de utensílios domésticos no bairro Nova Rosa da Penha, em Cariacica (ES), ele quis impulsionar as vendas transformando o estabelecimento em um negócio de bebidas, ramo que tem expertise há seis anos. Foi assim, então, que nasceu a “Caixaça Econômica” — um nome que, por sua vez, desagradou a Caixa Econômica Federal.
Ao UOL, Ramos contou que a ideia surgiu durante conversas com a mulher, de quem é sócio. “A gente queria dar um nome e fomos pensando juntos. Daí nasceu esse. Fizemos a arte e ficou muito bom! Não imaginava que iria repercutir do jeito que foi.”
O estabelecimento ganhou a “nova cara” em meados de julho e chamou bastante atenção nas redes sociais. Um usuário do TikTok resolveu gravar um vídeo na frente do estabelecimento, no dia 23 de julho.
A fama, no entanto, fez com que agentes da própria Caixa Econômica Federal fossem bater na porta do estabelecimento. Em nota ao UOL, o banco confirmou que notificou o empresário.
“A Caixa informa que já encaminhou notificação para a retirada imediata das marcas do banco de qualquer anúncio publicitário, ação promocional, fachada ou referência visual na internet. A Caixa é a titular exclusiva dos direitos de utilização das marcas institucionais e de produtos e serviços, sob o amparo da Lei n° 9279/96, Art.129 e Art.130. O banco esclarece que a utilização indevida de marcas constitui crime contra a propriedade intelectual, tipificado na referida lei ainda pelo art.189, inciso I, cuja pena prevista é de 3 meses a 1 ano de detenção, ou multa“, esclareceu.
Empresário vai mudar ‘X’ para ‘CH’
Para tentar driblar a notificação da Caixa, o empresário conta que fonética do empreendimento permanecerá, mas com outras letras. No lugar do “X”, a ideia é usar o “CH”.
“Eles pediram para tirar – e é o que a gente está fazendo. Vamos tirar o ‘X’, com a identidade deles, e colocar com ‘CH’, todo branco“, explica Ramos.
Apesar do sucesso, o empresário diz que as vendas no comércio não aumentaram. “O que aconteceu é muita selfie, muita gente tirando foto. A exposição foi grande, mas o público é pequeno“, diz ele.
A visibilidade na internet, por outro lado, levou Ramos a pensar em uma maneira de aproximar os fãs do estabelecimento que moram em outras cidades.
“Eu desenvolvi uma cachaça com o nome. É de raízes e tem várias opções. É uma cachaça que eu já vendia em outro ponto, mas não tinha um nome. A ideia é vender pela internet. As pessoas querem tirar uma foto. Com a cachaça, elas podem fazer parte dessa história“, afirma.
Fonte: UOL