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Antes piloto e há 5 anos velejador, Max Fercondini detalha vida de aventura e solidão

Há cinco anos, a única companhia diária de Max Fercondini é seu barco. O ator e produtor audiovisual, decidiu se desafiar a viver algo novo e, desde de 2017, veleja pelo mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico. Percorridos mais de 20 mil milhas (cerca de 32 mil km), por países como Espanha, Portugal, Inglaterra, França e Itália, Max resolveu lançar um livro para contar um pouco sobre sua aventura. A obra, intitulada “Mar Calmo Não Faz Bom Marinheiro”, que chegou a público neste mês, tem sido muito elogiada.


“Eu confesso que até tinha noção que a obra iria tocar muitas pessoas, mas não dessa forma. A cada depoimento positivo de amigos ou desconhecidos que recebo pelas redes sociais, me sinto cada vez mais realizado. Me dá vontade de compartilhar ainda mais com o público minhas expedições e despertar esse espírito de aventura nas pessoas!”, diz o ator.


Max conta que viveu momentos importantes de aprendizado durante suas viagens. “No mar eu aprendi que se tem uma pessoa responsável pelo seu sucesso ou fracasso, essa pessoa é você. Para navegar, é necessário conduzir o barco com firmeza e responsabilidade, mas sem abrir mão da sensibilidade para apreciar as lições que a vida e a natureza nos presenteiam”.


Ator decidiu velejar pela Europa em 2017 (Foto: Arquivo pessoal)

Ator decidiu velejar pela Europa em 2017 (Foto: Arquivo pessoal).

Entre os ensinamentos mais marcantes ficou o aprender a conviver com a solidão. No começo foi complicado viver uma nova aventura sem companhia, mas quando descobriu o prazer de se cuidar, a solidão não era mais tão ruim. Max também aprendeu a ser mais humilde, a confrontar seus valores culturais, a ser mais tolerante com o outro e consigo mesmo.


Quando começou a velejar, mesmo com todas as carteiras de habilitação necessárias, o ator tinha pouca experiência de navegação – apenas nove meses. Com coragem e determinação, ele foi encarar o mar mediterrâneo, que é bastante movimentado.


Registro de Max chegando no Gibraltar (Foto: Arquivo pessoal)

Registro de Max chegando no Gibraltar (Foto: Arquivo pessoal).

Max conta que o estreito de Gibraltar foi um trecho bem difícil por onde passou por conta da movimentação dos barcos, que entram e saem do mar. “É uma dificuldade lidar com fator externo, o mar é muito grande e a gente é pequeno em frente à natureza, mas isso me seduz a navegar e sempre estar exposto ao inesperado, que muitas vezes pode ser bom”, diz Max.


Vontade de se aventurar

Viajar e morar em um veleiro tem sido uma experiência incrível, mas essa não é a primeira experiência do ator. Aos 22 anos, Max virou piloto privado de aviões. Sete anos depois fez sua primeira expedição aérea pelo Brasil ao lado da ex-mulher, Amanda Richter.


Depois disso, não parou mais de se aventurar. Com vontade de conhecer novas paisagens e novas culturas mais a fundo, resolveu viver em motorhome por seis meses. Nesse período percorreu mais de 21 mil quilômetros pelas estradas de seis países da América do Sul, ao lado de Amanda. Eles colecionaram tantas boas histórias, que contaram um pouco sobre elas em um livro chamado “Améria do Sul sobre rodas: relatos, guias e dicas”, lançado em 2017.


Vida de ator

Nascido em São Vicente (SP), Max, que começou a atuar aos 14 anos, teve uma carreira bem movimentada. Mesmo com a mudança de trabalho, ele diz que continua vivendo a mesma vida, só em um novo capítulo.


“Já fiz mais de 15 novelas e apresentei programa, dirigi também, então, me desafiar em algo novo se mostrou muito necessário pra mim. Não digo que mudei de vida, até porque ainda executo trabalhos audiovisuais, mesmo por trás das câmeras”.


Apesar de não descartar voltar a trabalhar como ator no futuro, a ideia a médio prazo é continuar interpretando o seu próprio personagem e sendo o protagonista de suas próprias histórias. Depois que o período da divulgação do livro acabar, ele vai voltar a navegar e já tem destino final: a Turquia. Max vai sair dos Açores, voltar para Portugal e entrar novamente no Mediterrâneo. A nova expedição se chamará Sob as Ondas e deve durar entre dois e dois anos e meio.


Fonte/ Portal LANCE


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