Existe uma raríssima espécie de mosca carnívora que todos acreditavam estar extinta: a Thyreophora cynophila. No entanto, um guarda-florestal do Parque Nacional dos Pireneus (Parc national des Pyrénées), na França, encontrou o inseto sobre o cadáver de um javali.
A mosca, que se destaca por sua cabeça alaranjada, estava considerada extinta desde 1836, incluída na lista de espécies extintas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A espécie age principalmente no inverno, e o frio não parece incomodar suas larvas, que se alimentam de carcaças em decomposição e restos putrefatos de grandes mamíferos, selvagens ou domésticos.
A mosca foi documentada pela primeira vez no século 18 por um botânico alemão. Com exceção desse registro, não era encontrada havia mais de 200 anos. A teoria dos especialistas em insetos é que a espécie permaneceu sem ser vista por tanto tempo por causa de seus hábitos, que envolvem buscar alimentos, que apenas durante a noite, no inverno e em regiões de difícil acesso, como montanhas.
O que os cientistas já descobriram sobre moscas?
A ciência já vem tentando entender as espécies de moscas e suas peculiaridades há décadas. Os estudos já permitiram descobrir que o inseto não tem dentes, e segue apenas uma dieta líquida, por isso libera seu suco gástrico em cima da comida para liquidificá-la. As moscas também podem sentir o gosto da comida assim que pousam sobre ela, usando receptores nos pés para decidir se estão tomando algo nutritivo.
Algo que desperta o alerta da comunidade científica é a miíase, que é justamente uma infecção de pele causada pela presença de larvas de moscas. A região da pele onde a larva penetra assume um aspecto avermelhado e inflamado, que se assemelha a um furúnculo.
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