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Acusados de matar grávida e arrancar bebê da barriga da mãe começam a ser julgados

Sessão de julgamento do caso Fabiana Pires em Porto Velho — Foto: Edson Gabriel/Rede Amazônica

Mãe e filho, Cátia Barros Rabelo e Mário Barros do Nascimento, começaram a ser julgados na manhã desta segunda-feira (15) em Porto Velho. Ambos são acusados de matar Fabiana Pires Batista e o filho dela, de apenas sete anos, além de roubar da barriga da vítima o bebê que ela esperava.


As investigações apontaram que Cátia simulava uma gravidez de um garimpeiro e decidiu retirar o bebê de Fabiana e apresentar como se fosse dela. Para o crime, ela teria contado com ajuda do filho e outros seis menores de idade, incluindo a irmã da vítima. O bebê retirado da barriga da vítima sobreviveu e foi encaminhado para um abrigo.


Cátia Barros Rabelo e Mario Barros do Nascimento são acusados de envolvimento no assassinato de Fabiana Pires Batista, em outubro do ano passado em Porto Velho. — Foto: Reprodução

A audiência acontece no Fórum Geral de Porto Velho e deve terminar somente na terça-feira (16). A sessão é presidida pelo Juiz Áureo Virgílio. O júri é composto por quatro mulheres e três homens.


O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) informou que foram reunidas 18 testemunhas para depor no júri. A mãe de Fabiana, Crispina de Freitas, e outros familiares estão presentes no fórum e cobram Justiça pela filha e pelo neto.


Ele [o neto] era inteligente. Se não tivesse interrompido a vida dele, ele seria alguma pessoa no futuro. Eu espero que a Justiça seja feita porque foi demais a barbaridade que fizeram com minha filha e com meu neto. Sem ela é difícil, mas tem que se acostumar. Quem foi não volta mais, então tem que continuar a vida e que a Justiça seja feita“, apontou.


Segundo o Ministério Público, os réus são acusados por homicídios quadruplamente e duplamente qualificados, ocultação de cadáver e corrupção de menores.


Foi macabro, a essência da maldade humana foi vista nesse crime. Em todos anos eu nunca tinha visto isso“, pontuou o promotor de justiça, Elias Chackian Filho.
Os réus aguardaram o julgamento presos. A defesa informou que deve se pronunciar apenas após a decisão do júri.


O crime
Em 20 de setembro de 2019, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar (PM) foram informados por moradores que o corpo de uma criança estava boiando em um lago nos fundos do loteamento.


O corpo do menino foi removido ao Instituto Médico Legal (IML) e ficou sem identificação até a manhã do dia seguinte. Durante a tarde, o pai dele foi até o local do crime e acabou encontrando Fabiana em uma cova rasa, com a barriga aberta.


As investigações da Polícia Civil apontaram que Cátia Barros estava envolvida no crime. Ela foi presa temporariamente no dia 23 de setembro de 2019, e depois a prisão foi convertida em preventiva, em dia 21 de novembro do mesmo ano.


Já o acusado Mário Barros do Nascimento foi preso temporariamente em 12 de novembro de 2019, e teve a prisão convertida em preventiva também em 21 de novembro de 2019.


Na época do crime, a delegada Leisaloma Carvalho disse que a sobrinha da vítima, uma adolescente de 15 anos, aceitou ser comparsa nos assassinatos, pois o namorado desejava ficar com o bebê de Fabiana.


Sabendo que a Fabiana estava com 8 meses de gestação ele queria a criança, pois a mãe dele estava namorando um garimpeiro e ela queria ‘sair da pobreza’ dizendo pra ele que estava grávida. Ela estava simulando uma gravidez e ia aparecer com essa criança. Ele diz que a mãe não participou do ato executório em si, mas que ele foi lá e que ele inclusive ajudou a cortar a barriga da vítima pra retirar a criança“, disse a delegada na época.


Fonte: G1RO


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