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Simone Tebet responde Renan Calheiros e diz que ala do MDB pró-Lula ‘tem cheiro de naftalina’

Simone Tebet e Orlando Morando durante encontro em São Bernardo do Campo Foto: Pedro Venceslau/ESTADÃO

Pré-candidata do MDB à Presidência, a senadora Simone Tebet (MS) disse nesta sexta-feira, 22, que a ala do partido que pressiona a legenda a apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é uma foto que “cheira a naftalina”. A declaração é uma resposta ao senador Renan Calheiros (MDB- AL), que ameaçou, em entrevista ao jornal O Globo, levar à Justiça a convenção do partido que deve homologar a candidatura de Tebet. O Estadão apurou que Renan deve judicializar a disputa na segunda-feira, 25.


“Esses caciques são sempre os mesmos que tiveram no passado com Lula. Vejam a fotografia. Ela tem cheiro de naftalina”, disse Tebet. A pré-candidata do MDB fez uma ressalva. “Michel Temer não faz parte daquela fotografia. Ele é um homem honrado”, disse.


A senadora esteve em São Bernardo do Campo, onde recebeu o apoio formal do prefeito Orlando Morando (PSDB). O tucano e Tebet visitaram a Fábrica de Cultura Bruno Covas, equipamento montado no local onde originalmente seria o Museu do Trabalhador, projeto do ex-prefeito petista Luiz Marinho em homenagem ao ex-presidente Lula. Em seguida, Tebet e Morando se reuniam no diretório local do PSDB.


Em seu discurso na abertura do evento, a senadora criticou o movimento dos adversários internos. “Não vão tirar a única mulher competitiva, com espaço de fala na política, no momento que o Brasil mais precisa.”


Ela disse ainda, sem citar nomes, que não tem medo de cara “feia” e classificou como uma “rasteira” a ameaça de judicialização da convenção do MDB. “Confio na Justiça desse País. Minha preocupação com isso é zero”, disse.


Na última segunda-feira, Lula se reuniu em São Paulo com caciques do MDB, como Renan Calheiros (AL), Eunício Oliveira (CE), Edison Lobão (MA), Eduardo Braga (AM), Isnaldo Bulhões (AL), líder do MDB na Câmara, Marcelo Castro (PI) e Rose de Freitas (ES). O grupo declarou apoio ao petista, mas não tem força para vencer a convenção do partido no dia 27 e derrubar a candidatura própria.


Morando e o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, também criticaram a decisão do PSDB de Minas Gerais de declarar apoio a Ciro Gomes (PDT) na disputa presidencial. “O PSDB nacional tomou uma decisão pela aliança com o MDB. Qualquer Estado que fizer diferente poderá ser punindo”, afirmou Morando. Os tucanos devem indicar o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) como vice de Tebet.


O prefeito defendeu que o candidato do partido ao governo de Minas Gerais, Marcus Pestana, não receba recursos do Fundo Eleitoral se de fato apoiar Ciro Gomes. “Foi um grave equívoco (o PSDB de MG apoiar Ciro Gomes). Eu disse ao Marcus Pestana que não imaginava que isso fosse ser colocado. Eu não esperava isso do PSDB de Minas Gerais”, disse Roberto Freire, presidente do Cidadania, que formou uma federação com o PSDB.


Fonte: Estadão


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