Há exatos 36 anos, em 28 de julho de 1986, a Polícia Militar do Estado do Acre (PMAC) ganhava a primeira turma de soldados formada exclusivamente por mulheres. As onze integrantes iniciais ingressaram no primeiro concurso público do Estado para a graduação de soldado da PMAC, destinado ao público feminino. Hoje, neste 28 de julho, a instituição prestou homenagem às pioneiras, em um café da manhã realizado no Quartel do Comando Geral.
Com emoção no olhar e transbordando orgulho, na presença de familiares e amigos, as veteranas receberam troféus e os agradecimentos do próprio Comandante-geral, coronel Paulo César Gomes da Silva. O subcomandante-geral, Coronel Luciano Dias Fonseca, o presidente da Associação dos Militares do Acre (AMEAC), Sargento Kalil Moraes, oficiais, praças e servidores civis, também participaram da homenagem.
Um ano antes da primeira turma de soldados feminina, em 1985, seis mulheres já haviam ingressado como sargentos, dando uma nova direção para a instituição após quase 70 anos de existência, e abrindo caminho para que o público feminino tivesse acesso à carreira militar no Estado. Para o Comandante-geral da PMAC, coronel Paulo César Gomes da Silva, relembrar a história dessas mulheres é uma forma de recontar a história da própria instituição.
“Elas são mulheres policiais, mães, filhas, esposas e trabalhadoras que serviram com bravura e coragem ao nosso Estado. Cada uma delas ajudou a escrever e participou da nossa história, e por isso temos imenso orgulho de abraçá-las hoje e dizer o quanto somos gratos pela trajetória que cada uma desenhou dentro da nossa Polícia Militar. Elas tiveram a ousadia de ingressar em uma carreira formada quase exclusivamente por homens, e mesmo com muita dificuldade contribuíram para o crescimento institucional e conquistaram seu espaço”, pontuou o Comandante-geral.
A 1º Tenente Sineide Maria foi uma dessas pioneiras. Ela relembra sua história dentro da PMAC, e fala do orgulho de ser uma das responsáveis por abrir portas para que o público feminino também “ousasse” fazer carreira na caserna. “Entramos na PM meninas ainda, com idade entre 18 e 20 anos, e isso foi fundamental na formação do nosso caráter. Foi um longo percurso de lá até aqui, e nesse tempo todo nós acompanhamos cada evolução e cada desafio que nossa instituição enfrentou. Hoje recebemos essa homenagem com muita alegria. Ser reconhecidas e valorizadas enquanto ainda vivas, nos dá a certeza do quanto contribuímos para o crescimento da nossa PM”, destacou a tenente.