Foi encontrado morto o vigilante Claudinei Coco Esquarcini, de 44 anos, um dos diretores da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), em Foz do Iguaçu (PR), local em que aconteceu o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, em 9 de junho. A causa da morte ainda é desconhecida.
Claudinei seria o “responsável pelo fornecimento de senhas” das câmeras de segurança na Aresf e teria permitido o policial penal federal Jorge José Guaranho, acusado de ser o autor do assassinato do petista, ver as imagens da festa de aniversário da vítima que tinha como tema uma celebração ao Partido dos Trabalhadores. Guaranho estava em um churrasco em outro clube quando assistiu às cenas da festa de Arruda.
Um outro vigilante da Associação, chamado José Augusto Fabri, disse em depoimento à Polícia Civil do Paraná que a permissão para ver as câmeras não era um procedimento comum e afirmou que Claudinei era responsável por permitir acesso às imagens das câmeras de monitoramento do clube onde Arruda foi morto.
A defesa da Arruda esclareceu que o vigilante poderia ter repassado imagens da celebração ao policial penal federal, que posteriormente viria a cometer o assassinato. Claudinei conhecia o policial Guaranho, ex-diretor da Aresf e acusado de ser o autor do assassinato de Marcelo Arruda.
A Secretaria de Segurança do Paraná (SPP-PR) informou à reportagem do Correio Braziliense que Claudinei se jogou de um viaduto no município onde mora. Imagens de câmeras de segurança mostram o vigilante sozinho, momentos antes de pular do viaduto. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil de Medianeira.
O Ministério Público do Paraná (MPPR) informou, também ao Correio, que ainda não é possível dizer que há relação entre a morte de Claudinei e o assassinato de Marcelo Arruda. “Se for constatado, no curso do inquérito, que o caso tem alguma relação com a morte de Marcelo Arruda, o MP analisará que providências adotar”, afirmam em nota.