‘O partido é um só, não tem possibilidade de Alan ser vice de Gladson sem o meu consentimento’, diz Bittar

O senador Márcio Bittar (União Brasil) participou na tarde desta quinta-feira, 28, do programa Gazeta Entrevista, da TV Gazeta, comandado pelo jornalista Itaan Arruda. Agora em campo oposto ao de Gladson Cameli, o parlamentar foi categórico em suas respostas, destacando que sempre procurou auxiliar o chefe do Executivo estadual. Porém, ressaltou que não foi ele quem rompeu com o governador.


“Foi Gladson quem rompeu comigo. Se ele monta uma chapa e me exclui, estou do lado de fora, é, ou não é?! O acordo com o governo não era esse. Meu pai me ensinou uma coisa: se tenho algo sério para falar com você, eu vou a sua casa. A Márcia era pré-candidata ao Senado, com aval do presidente Bolsonaro. A ideia original para ela concorrer ao cargo de vice do atual governador, foi dele e não minha. Deus sabe disso”, enfatizou Bittar.


Sobre a pesquisa que Cameli fez, em que apontou rejeição do nome de Márcia para o governo, o senador disse que tudo é mentira. ” Isso tudo são falácias! Uma aversão falaciosa criada. Em Brasília falaram que ele comentou que se ela fosse a vice, teria medo dela tramar seu impeachment na Assembleia Legislativa, isso é de uma crueldade, de um mau-caratismo. Márcia é das pessoas mais retas que eu conheço, de melhor caráter que conheci na vida. Essa rejeição foi criada pelo governo”.


Bittar disse que uma fonte lhe garantiu que por trás da decisão do Gladson de escolher Alan Rick, é a vontade de gente do governo, que está preparando o ambiente, escolhendo um vice que possa, se ganhar a eleição de novo, se acomodar com qualquer que seja o resultado das eleições para a escolha do presidente.


“Ou seja, se ganhar o Bolsonaro, sou Bolsonaro, se ganhar Lula, sou Lula. Essa é a tendência do governador. Qual seria a novidade?! Nenhuma! O que o governo está fazendo, está em sintonia com Jorge Viana. A única eleição que a família Cameli não apoiou candidato a governador do PT, foi quando Gladson foi candidato. Meu coração não quer mais ficar com o governo. Existem coisas na vida que são maiores do que ganhar ou perder uma eleição. Está, ou não está no governo”.


O parlamentar comentou que como presidente do União Brasil tem que defender o interesse do partido.


Entrevista foi concedida nesta quinta-feira, 28 (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

“A sigla tem chance de eleger um senador, tem! Desde que ele seja o candidato único de um candidato a governador. Se não, isso vira uma esculhambação. Esse tipo de movimento, combinado, ou não, está em sintonia com os interesses do Jorge Viana, que, quando fecha uma porta, ele vai para o governo, daí, tira a Márcia, o Alan, ele volta para concorrer ao Senado. Isso tudo pavimenta um caminho, facilitando para que o petista retorne ao governo do Acre.


Bittar falou sobre conversar com lideranças locais do MDB, falando que existe a possibilidade dele ser candidato ao governo, além de declarar que, sem o seu consentimento, Alan Rick não pode ser vice de Gladson.


“Essa possibilidade passou a a existir. Disse ao atual governador que, se eu não tivesse no palanque dele, era responsabilidade dele. Também falei quando ele foi em minha casa, refazer o convite para Márcia ser sua vice, que estaria me forçando a ser governador. O que eu puder fazer para que possamos eleger o senador, ou a senadora, do nosso lado, vou fazer. Quando você tem um governo que flerta com dois, três, quatro candidatos ao Senado, esse é um caminho para a derrota. O partido União Brasil é um só, não tem possibilidade de Alan ser vice de Gladson sem o meu consentimento. Dois corpos não ocupam o mesmo espaço”, finalizou.


Fonte/ A Gazeta do Acre


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