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Mulher morta há quase 3 anos, em seu sofá, foi “esquecida” por amigos e donos do apartamento

Um caso bizarro chamou atenção ao ser publicado depois da abertura de um inquérito sobre uma secretária médica “esquecida” pelas pessoas. Ela estava morta há quase 3 anos, em seu sofá.


Os restos esqueléticos de Sheila Seleoane foram encontrados pela polícia que arrombou a porta do apartamento em Peckham, Londres, em fevereiro deste ano, mas só agora as informações foram divulgadas.


Os vizinhos passaram meses implorando por uma verificação de bem-estar, por sentirem cheiro ruim saindo da casa. Moscas e vermes foram relatados em todo o bloco de apartamentos, mas a polícia não se importou em verificar.


Aparentemente, ela não foi procurada por nenhum amigo, por nenhum colega de trabalho, e nem mesmo pelos proprietários do apartamento, onde morava de aluguel.


As autoridades só deram importância para o caso após ocorrer a tempestade Eunice, que atingiu o Reino Unido, em fevereiro. Os fortes ventos abriram a porta da varanda de Sheila, e os ventos espalharam o odor cadavérico, levando a mais reclamações e pedidos de verificação de bem-estar.


A polícia então resolveu arrombar a porta e encontrou os restos mortais de Sheila no sofá. As autoridades estimam que ela tenha morrido em agosto de 2019, quase 3 anos sem ser procurada por ninguém.


Desde então, os donos dos apartamentos, gerenciados por uma empresa, foram criticados porque, após não receberem o aluguel, pediram que os pagamentos fossem feitos por um fundo de créditos, de forma automática, sem verificar o que estava acontecendo com Sheila.


“Ninguém veio procurá-la. É tão difícil entender por que nenhum de seus amigos, colegas ou seu chefe sentiu falta dela”, disse um vizinho perturbado com a situação, em entrevista ao jornal britânico The Guardian.


Relatos do inquérito, divulgados esta semana, mostraram que Sheila pagou o aluguel pela última vez em agosto de 2019. Acredita-se que ela tenha morrido naquele mês e ninguém se importou, nem mesmo as pessoas de seu trabalho.


Seu funeral foi realizado dois meses depois que seu corpo foi encontrado. Apenas duas pessoas, um irmão distante e um representante da empresa gerenciadora dos aluguéis, estavam presentes.


Os restos mortais de Shelia foram enviados para parentes na África do Sul, familiares que ela nunca conheceu e não tinham contato com ela.


O fenômeno da morte solitária, onde pessoas são encontradas após meses ou anos depois de suas mortes, ocorre com frequência em países asiáticos, especialmente o Japão, onde o contato social e interação entre vizinhos é baixíssimo, o que favorece o isolamento.


Fonte/ Portal Jornal ciência.com


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