Os ataques desferidos contra o governador Gladson Cameli por conta de um vídeo publicado nas redes sociais no qual ele parece conversando com os senador Márcio Bittar agradecendo-o por sua intervenção junto ao governo do presidente Jair Bolsonaro para aprovação de emendas constitucionais com programas sociais, além de fazer conjecturas políticas para o futuro, não ficaram – nem ficarão – sem respostas. As respostas partiam – e devem partir, sempre que necessárias – do ex-deputado Moisés Diniz, que conhece bem de perto os portadores das criticas ao governador e a origem dos seus ataques: o medo de perderem as próximas eleições e ficarem cada vez mais longe do poder e dos cofres púbicos que abasteciam suas campanhas eleitorais.
Diniz sabe do que está falando porque, além de ter sido parlamentar e ocupado outros cargos importantes, foi até líder de governos da Frente Popular do Acre (FPA), como era chamado consórcio partidário do qual seu ex-partido (PCdoB) fazia parte com o PT num projeto político que ficou 20 anos no poder. Agora, na condição de presidente do Solidariedade, partido da base de apoio de Gladson Cameli, Moisés Diniz mirou e acertou, por exemplo, o ex-governador e ex-senador petista Jorge Viana, apontado como disseminador da campanha de difamação do qual vem sendo vítima o governador e seu grupo político.
Também em suas redes sociais, Moisés Diniz conta sua história de militante dos partidos de esquerda que compunham a FPA e não faz economia na hora de apontar o dedo contra àqueles que julga algozes do atual governador e de sue grupo político.
“Durante trinta anos, fui militante da esquerda. Escrevi e fiz discursos contra posições políticas da direita, nunca contra pessoas”, disse o ex-deputado.
“Defendi líderes como Marina Silva, Edvaldo Magalhães, Jorge Viana e Perpétua Almeida, nos momentos em que eles mais precisaram”, acrescentou.
Em seguida, Moisés Diniz afirma: “E nunca fui agredido por militantes de direita. Agora, quando faço uma simples contestação política de posições da esquerda petista, sou visceralmente agredido por petistas e simpatizantes. Atingem minha honra, tentam manchar minha biografia e até descem para o esgoto da humilhação e do sarcasmo”.
Moisés Diniz conta ainda que, em 2000, enfrentou a eleição mais difícil de sua vida, quando disputou a prefeitura de Tarauacá, contra um candidato do PT “O [então] governador Jorge Viana (PT) investiu pesado pra me derrotar, mesmo o seu líder do governo na Aleac, Edvaldo Magalhães (PCdoB), sendo do meu partido à época”, lembrou.
Para o ex-deputado, a união entre Gladson Cameli e Márcio Bittar fez com que Jorge Viana gravasse dois programas de TV num só dia, inventasse uma pré-candidatura do Marcus Alexandre ao governo (“algo impensável pelo Marcus”, diz o ex-deputado) e chegou a dizer que os banqueiros o querem ministro de Estado (“como se o Lula já tivesse ganhado”, lembrou) e até o Carioca [ Francisco Nepomunceno ex-secretário e homem forte do PT] insinuasse “que vem coisa boa por aí: Jorge Viana Governador”. Para Moisés Diniz, isso é “tudo blefe”.
O ex-deputado afirma que como nunca tinha visto no Acre um líder de oposição “preocupado” com o adversário: “Jorge Viana “solidário” com Gladson Cameli, tipo um lobo querendo fazer curativo numa ovelha”, comparou.
“Os oposicionistas sabem que a união de Gladson Cameli e Márcio Bittar consolida Bolsonaro no palanque, bota milhões de reais dos fundos eleitorais na campanha, unifica 2/3 dos candidatos a deputado estadual e federal no palanque do Gladson e esvazia as candidaturas dissidentes”, afirmou Moisés Diz.
Isso, segundo o ex-deputado, torna real a possibilidade de ganhar no primeiro turno e, principalmente, ganhar a vaga do Senado, apresentando um candidato competitivo na capital e agregando a força política do Gladson no Juruá.
“Isso fez muita gente criar discurso atravessado, parecendo que estava lendo o livro de Apocalipse. Sentiram o golpe e disfarçaram errado. Só acho que estão passando do ponto. Vai que Jenilson Leite e o PSB se cansam dessa esperteza e até maldade com um aliado, e resolve se lançar para o senado? Quem muito quer, as vezes, pouco come!”, afirmou.