O tenente-coronel da Polícia Militar e ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo), Cláudio Luiz Silva de Oliveira, foi transferido do presídio de Segurança Máxima Bangu I, na Zona Oeste do Rio, para o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói. O coronel é acusado de arquitetar o assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto de 2011, em Piratininga, Rio de Janeiro.
A decisão favorável do Habeas Corpus pedido pelos advogados de defesa saiu no último dia 13 e foi dada pela desembargadora Suimei Cavalieri, da Terceira Câmara Criminal do Poder Judiciário Estadual do Estado do Rio de Janeiro (PJERJ). O oficial estava na unidade da Polícia Militar até maio deste ano, quando foi transferido para Bangu 1.
Considerou-se, que há falta de circunstâncias para a permanência do PM em Bangu 1, sistema prisional para criminosos de alta periculosidade. O parecer veio a partir de fiscalizações realizadas entre 24 de março e 27 de abril deste ano. No entanto, a desembargadora cita as irregularidades da época em que o tenente-coronel esteve preso no BEP.
Quando Cláudio Luiz Silva de Oliveira esteve detido no BEP, até maio deste ano, a Corregedoria da PM encontrou regalias em sua cela e na do ex-governador do estado do Rio, Sérgio Cabral Alem de provas que a dupla recebeu tratamento diferenciado. De acordo com a investigação, Cabral e Oliveira eram os “responsáveis pelo local”. Foram encontradas anotações de pagamentos de entregas de comida pelo Ifood, encomenda de grande quantidade de comida árabe e salgadinhos, pagamento de mais de R$ 50 mil para obras no BEP, além de vestimentas proibidas no local, Iphones, dinheiro em espécie e melhorias estruturais nas celas de Cláudio Luiz e Cabral.
O tenente-coronel foi condenado a 36 anos de prisão em dezembro de 2013 como o mandante da morte da juíza Patrícia Acioli, atingida por 21 tiros em agosto de 2011, na porta de sua casa, em Niterói. Patrícia tinha 47 anos. O crime aconteceu apos ela sair do Fórum de São Gonçalo.
Juíza da 4ª Câmara Criminal de São Gonçalo, Patrícia Acioli era conhecida por ser uma magistrada rigorosa. Ela ficou conhecida por sua inflexibilidade com policiais de grupos de extermínio e outros grupos criminosos da área sob sua jurisdição. Patricia condenou à prisão mais de 60 PMs e agentes públicos.
Com informações TV Prefeito