Lula diz que “PEC da Bondade” de Bolsonaro é eleitoreira e que presidente quer comprar eleitores, mas senadores petistas votaram a favor

Foto: reprodução

A chamada “PEC da Bondade”, a alteração constitucional através da qual o presidente Jair Bolsonaro pretende liberar mais de R$ 40 bilhões em benefícios sociais que aumenta em R$ 200,00 o programa Bolsa Família, o Vale Gás e alcança pelo menos 900 mil caminhoneiros até o final do ano com o benefício de R$ 1 mil, está sendo duramente criticada pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. O líder em todas as pesquisas de opinião pública sobre a corrida presidencial classificou a PEC (Proposta de Emenda à Constitucional) como “eleitoral” e acusou o presidente de tentar “comprar o povo“.


Bolsonaro sabe que o problema dele é o povo brasileiro. É por isso que ele mandou várias medidas para aumentar o auxílio emergencial – que era uma reivindicação da oposição – no valor de R$ 600, aumentar o vale-gás, dar um auxílio para os motoristas autônomos. O povo tem que pegar o dinheiro, mas não é isso que vai resolver o problema, porque tudo isso acaba em dezembro“, disse Lula, durante entrevista à Rádio Metrópole, de Brasília.


De acordo com Lula, o projeto enviado pelo presidente ao Congresso “é uma proposta eleitoral. Ele acha que pode comprar o povo. Ele acha que o povo é um rebanho. Ele acha que o povo não pensa. Ele acha que o povo vai acreditar em mentira. E não vai. Chega. Ele vai deixar a Presidência da República porque uma coisa chamada ‘povo brasileiro’ vai para a urna eletrônica dizer ‘chega’, completou Lula.


O Senado aprovou a PEC que cria o vale-caminhoneiro de R$ 1.000, aumenta o vale-gás para R$ 120 e o Auxílio Brasil para R$ 600, além de dar outros benefícios. Na proposta, há um artigo estabelecendo o estado de emergência no Brasil, em função da alta dos preços dos combustíveis. Isso abre espaço para a liberação de recursos em ano eleitoral. O custo de todas as ações é de R$ 41,25 bilhões. O texto segue para votação na Câmara dos Deputados.


Articuladores do presidente no Congresso estão se movimentando para que a Câmara também vote a favor da proposta antes do recesso parlamentar. Da bancada do Ace, os três senadores – Sérgio Petecão, PSD; Eduardo Veloso, União, e Mailza Gomes, PP – todos votaram a favor. No Senado, aliás, o único voto contrário à ideia foi de José Serra (PSDB-SP). Ele afirmou que a PEC é eleitoreira e compromete as contas públicas do país. Apesar das críticas de Lula, os senadores do PT também votaram a favor.


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