O possível furto de uma bezerra de seis ou sete meses de vida, com peso aproximado de 70 quilos, comoveu as redes sociais na tarde deste domingo (10), após a dona do animal, a fisioterapeuta Keterine Freire de Oliveira, de 28 anos, implorar para que o animal seja devolvido, inclusive vendido à proprietária, e que na pior das hipóteses não seja abatida e não vire churrasco.
O sumiço do animal, aliás, expôs uma relação de amor entre sua dona e Bethânia, o nome da bezerrinha dado em homenagem à cantora baiana da qual Keterine Freire de Oliveira é fã ardorosa.
A bezerrinha, da cor branca, é da raça Nelo, ainda está sem marca.
“Ela possui as seguintes características: é bem mansinha, carinhosa, tem o cílios albino (claro), o nariz rosa e não é gorda, porém muito sadia”, descreveu a dona da bezerrinha, a qual se dirige diretamente ao ladrão, que ela não sabe quem é.
“Por favor quem a furtou, trate-a bem, ela ainda bebe leite. Ela não se mistura com os outros animais porque não tem costume. Se por ventura alguém a comprou enganado, saiba que estou disposta a comprá-la de volta. Saiba que o valor é sentimental, pois a crio ela desde quando ela nasceu, dando mamadeira, todos os dias. Eu a crio como uma filha. Meu sentimento por ela é muito grande. Escutem meu apelo, por favor. Obrigada pela compreensão”, acrescentou Keterine.
O drama de Keterine Freire e de seu animalzinho de estimação começou no início da noite, do último dia oito, sexta-feira, quando a fisioterapeuta, sua irmã e seus pais deixaram a chácara onde a bezerra vivia, com outros animais. A família de Keterine mora em Senador Guiomard, na zona urbana, mas diariamente se desloca para a chácara, que fica localizada a cinco quilômetros da cidade, nas proximidades da sede da ZPE (Zona de Processamento de Exportação).
“Como já houve sumiço de outras coisas lá na chácara que fica só à noite, a gente acha que ela foi roubada. Já a procuramos em toda a chácara e não há o menor vestígio dela. Por isso, resolvi apelar pela sua devolução, até para a possível compra dela e quem a pegou, rogando a quem estiver com ela que não a mate”, disse.
A relação da fisioterapeuta com a bezerra começou quando o animal foi encontrado na chácara, aparentemente sozinha, ainda muito bebê.
“Achamos que a mãe possa ter morrido e decidi adotá-la e cuidar dela”, conta Keterine, que tem outro bezerrinho, embora não seja irmão legítimo de Betânia, o qual chama-se, por motivos óbvio, de Caetano.
“Com o sumiço dela, meu chão sumiu”, disse Keterine, que está completando 28 anos de idade neste domingo e tudo o que gostaria de receber de presente seria ter seu animal de estimação de volta em seus braços. Seu choro, pela falta do animal e pelo que de pior pode acontecer com ela – virar carne para algum churrasco em Senador Guiomard, é de cortar o coração.