A Polícia Civil informou, neste sábado (23), que já ouviu três testemunhas do caso da menina de 15 anos que foi estuprada pelo pai do namorado dela, um diácono de uma igreja evangélica, em Sena Madureira, no interior do Acre.
O delegado Leonardo Neves, que investiga o caso, que o agressor não era de sua família, portanto ela estava protegida no núcleo familiar, que sempre deve ser a preferência. Além disso, o investigado já encontra-se preso.
“Foram ouvidas 3 pessoas, não houve testemunha dos fatos, mas há nos autos outras provas, além das provas periciais”, disse o delegado.
Homem foi buscá-la em casa
O caso aconteceu no dia 10 de julho, mas só foi denunciado dias depois porque foi quando a menina contou para a irmã dela que contou à mãe. A família fez um boletim de ocorrência na delegacia da cidade e também denunciou o caso no Ministério Público do Acre (MP-AC).
Conforme o relato, o estupro aconteceu quando o homem foi buscar a adolescente e levar para a casa dele, onde ficaria na companhia do namorado, porém, o suspeito mudou a rota e a levou para uma área de construção, onde parou e jogou a vítima para o banco traseiro e a estuprou.
Ao fazer a denúncia, foi relatado que era comum que o homem fosse buscar a adolescente na companhia da esposa, mas nesse dia foi sozinho.
Depois de passar um período de duas horas, ele levou a menina de volta. Eles saíram por volta de 15h e a menina só voltou às 17h. A mãe não desconfiou por causa do tempo e acreditou que ela estava na casa do namorado.
Denúncia
A mãe só soube do que aconteceu dias depois porque a adolescente contou para a irmã, que relatou para a mãe e então levou ela até a delegacia imediatamente e fez o boletim de ocorrência. A vítima passou por exame de conjunção carnal que comprovou lesão.
“Todas as vítimas de violência sexual, como a adolescente vítima, são atendidas em sala especial e por uma policial com experiência nesse tipo de atendimento. Em seguida a vítima é encaminhada ao hospital para fazer exame de corpo de delito, exame de doenças sexualmente transmissíveis, se for o caso, e outras providências que o médico entender necessárias”, disse o delegado Neves.
Após todo esse procedimento, a vítima é encaminhada à devida assistência psicológica, com cobrança do envio do relatório ou estudo elaborado pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
A família da adolescente procurou o MP-AC na segunda-feira (18). A menina teve acolhimento e foi atendida pelo Promotor de Justiça Thallis Ferreira, que, após a denúncia representou pela prisão preventiva do suposto autor. Pedido que foi acatado pela justiça e o diácono acabou preso.
Fonte: G1ACRE