O presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro, foi palco de uma confusão na última quinta-feira (30), quando Monique Medeiros, mãe do menino Henry, chegou ao local. A cela designada para a professora já era ocupada por outra presa midiática: a delegada Adriana Belém, suspeita de envolvimento com a quadrilha do bicheiro Rogério Andrade.
De acordo com informações do G1, a delegada não aceitou a presença de Monique e exigiu que ela fosse retirada da cela.
Como argumento, a delegada afirmou que a cela onde ela está retida é classificada como “de estado maior” e deve ser usada exclusivamente por profissionais de segurança pública. A premissa garante que a delegada fique isolada e não tenha relação com pessoas que possivelmente já foram investigadas por ela ou que represente uma ameaça para policiais.
Fontes ligadas à delegada contaram que a cela foi improvisada e que precisou passar por reforma já que o Rio de Janeiro não tinha uma cela adequada para custodiar mulheres agentes da polícia. Após o desentendimento na cela, Monique foi transferida para outro local.
A Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) afirmou que Monique foi encaminhada a outra cela porque Adriana Belém tem direito de ficar afastada de outras apenadas que não são da área de Segurança Pública. Inicialmente, foi avaliado que Monique não trazia riscos à delegada, mas optou-se pela transferência da mesma.
Essa semana, a justiça manteve as prisões de Adriana e do também delegado Marcos Cipriano, presos na Operação Calígula.
Monique é ré por suspeita de envolvimento na morte do filho. A professora, que estava em liberdade provisória usando tornozeleira eletrônica, voltou à prisão esta semana por ordem do desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.
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