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Covid reduziu expectativa de vida da população mundial, diz ONU

O planeta deve ultrapassar a marca de 8 bilhões de habitantes no dia 15 de novembro, apesar da taxa de crescimento da Humanidade estar em descenso. A previsão foi anunciada nesta segunda-feira pela Organização das Nações Unidas, no lançamento de um relatório que também mostrou a reversão de uma tendência de meio século: devido à pandemia, a expectativa média de vida no planeta caiu mais de um ano entre 2019 e 2021.


Em 2019, o último ano antes da crise sanitária, a expectativa de vida era de 72,8 anos — no ano passado, contudo, caiu para 71 anos. O Brasil, um dos países mais impactados pela crise sanitária, viu uma queda ainda superior à média global: passou de 75,3 anos para 72,8 anos em 2021.


Com o avanço da vacinação, que reduz a letalidade da doença, a previsão é que a mudança na longevidade seja apenas temporária: a ONU estima que todos os países devem retornar aos níveis pré-Covid entre 2022 e 2025. O ritmo vai depender de como cada nação foi afetada pela doença e de suas taxas de cobertura vacinal na população adulta. No caso brasileiro, isso deve ocorrer em 2023.


Segundo o relatório “Perspectivas da população mundial”, uma criança nascida no meio do século deve viver cerca de 77,2 anos — cerca de 13 anos a mais que em 1990. A tendência é que os brasileiros cheguem a 2050 com uma expectativa de vida de 81,3 anos. Em 1950, quando os dados começaram a ser contabilizados, a média nacional era de 48 anos.


Isso, contudo, não será suficiente para que a a população nacional continue a crescer no mesmo ritmo, e a tendência é que o número de brasileiros atinja seu pico em 24 anos. Com uma taxa de crescimento que já é a metade da global — 0,45% ao ano contra 0,84% — o Brasil deve inclusive terminar o século fora do rol das dez nações mais populosas do planeta.


O atual sexto lugar, inclusive, deve ser pedido para a Nigéria ainda neste ano. O país deve terminar 2022 com 215,3 milhões de habitantes, cerca de 3 milhões a menos que a nação africana, que cresce em nível acelerado. Até 2100, deve ser ultrapassado ainda por República Democrática do Congo, Estados Unidos, Etiópia, Indonésia, Tanzânia e Egito.


O cenário brasileiro só antecipa em alguns anos aquela que será uma tendência global. Segundo as projeções, a Terra deve ter cerca de 8,5 bilhões de habitantes em 2030 e 9,7 bilhões em 2050. Deve chegar a um pico de 10,4 bilhões em 2080 e manter-se neste patamar até o fim do século, quando começará a cair.


Fonte/ Portal IG


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