A Polícia Civil investiga denúncias de agressão e tortura contra crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que teriam acontecido em uma clínica particular da cidade de Duartina em São Paulo.
As denúncias das supostas agressões e torturas, foram feitas por mães de crianças autistas.
Segundo a polícia, a denúncia é de que uma fonoaudióloga, que faz consultas em uma clínica especializada em atendimento às crianças com deficiência, teria sido filmada agredindo e até torturando pacientes.
As imagens foram feitas por uma funcionária com um celular e foram entregues à polícia e encaminhadas para serem avaliadas pela perícia.
De acordo com o delegado Paulo Calil, as filmagens feitas com o aparelho foram encaminhadas para perícia para serem avaliadas. O laudo dos vídeos deve ser emitido ainda nesta semana.
A funcionária, contratada como acompanhante terapêutica de um dos meninos atendidos, disse durante entrevista ao G1 que optou por formalizar a denúncia quando viu ele receber um tapa.
“As crianças não estavam tendo atendimento. A fonoaudióloga falava com as mães, mas as crianças ficavam na sala comigo e eu estou cursando psicologia, ainda não tenho esse repertório de fazer o tratamento adequado”, garante a mulher que preferiu não ter a identidade revelada.
Segundo a funcionária, por conta das cenas que presenciou na clínica, ela ficou abalada psicologicamente.
“Quando presenciei a olho nu, eu falei para a minha chefe, a que havia me contratado como acompanhante, que não queria trabalhar mais lá. Ainda fiquei na clínica quase um mês pra registrar esses momentos. O que eu presenciei nunca vou tirar da cabeça. Não tem sentimento pior. Fiz tudo pelas crianças”, finalizou.
Se após o laudo foram comprovadas as torturas e agressões, o crime é inafiançável.
Fonte/ Portal Yahoo.com