Os outros processos foram movidos por pacientes e tem como motivação a queixa de erro médico. O número de ações em que Bolívar é réu ultrapassa as 20 ações e inclui casos de lesão corporal e pedidos de indenização por dano moral e material. As primeiras ações, dão conta de casos ocorridos em 2002 e boa parte delas também envolve a Clínica Santa Branca, em Duque de Caxias, onde a paciente vinha sendo mantida em cárcere.
De acordo com a delegada Fernanda Fernandes, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Duque de Caxias, responsável pela prisão de Bolívar nesta segunda-feira (18), a vítima relata que vinha sendo impedida de se transferir da unidade de saúde. O hospital particular, ao qual o cirurgião tem participação, também havia se negado a repassar os dados da ficha médica e do prontuário.
“Ele foi preso temporariamente porque nós recebemos a denúncia de uma familiar. Ela dizia que a vítima havia passado por algumas cirurgias, que estava internada com risco de vida e que, mesmo assim, ela estava tendo negativa da transferência para outro hospital. Requisitamos prontuário, ficha médica e ao longo da semana passada ele não foi nos mandado. Reiteramos o pedido, explicamos a situação, e ainda assim não nos foi enviado”, explicou a delegada.
Segundo Fernandes, por conta da dificuldade de obter o prontuário e diante da gravidade da situação relatada pela própria paciente em pedido de socorro por telefone, os policiais decidiram ir até o local. Ao chegar no hospital, os agentes perceberam a condição da vítima e decidiram pedir a prisão preventiva do médico, além de requisitar a transferência na Justiça da paciente.