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Autor de “Pantanal” recebeu benção do avô para remake e o fez chorar: “Foi o universo”

remake de “Pantanal” foi um dos lançamentos mais aguardados para a teledramaturgia da Globo nos últimos tempos. Um detalhe bem especial é que o autor Bruno Luperi é neto de Benedito Ruy Barbosa, responsável pela primeira versão, na TV Manchete, em 1990.


Imagem retirada da Internet.

Questionado sobre a reação do avô ao saber que a nova versão de “Pantanal” seria escrita por ele, Bruno entregou: “Me deu a benção dele, o voto de confiança, ‘Pantanal’ foi a divisora de águas na carreira dele, tinha que acontecer na Globo, mas não é convencional, tira a gente do lugar comum. Tem que ser tudo feito com muito respeito”.


O autor revelou ainda que, no processo produtivo, mantém uma distância segura de Benedito, para que não sofra influência em seu texto: “Ele me deu total confiança, mas a gente mantém uma distância regulamentada do processo, se não, não consigo fazer o que precisa ser feito na obra”.


Relembrando mais sobre o avô, Bruno disse que Benedito ficou eufórico com a ideia e nunca se esqueceu de um conselho dado por ele:


“Me deu a benção desde o começo e falou: ‘vai com o que Deus te deu, que vai dar certo, acredita no seu talento, no que bate no seu coração’ Chegando até aqui, acho que deu certo, foi a fórmula que ele deu, a benção dele, total apoio”.

Benedito Ruy Barbosa Crédito: TV Globo/João Miguel Júnior.

Para Bruno, isso é um momento muito especial, não só em sua carreira, mas como realização pessoal também. “Tive o privilégio de parar por 2 anos e me dedicar à obra dele. É uma forma de retribuir tudo que ele fez por mim e minha família. É uma responsabilidade muito grande, mas é mais prazeroso”.


Durante a coletiva, o autor também revelou que fez Benedito chorar ao dizer que “os netos dele vão ver a novela que ele montou 30 anos atrás”. “Falei brincando para ele e ele chorou. Foi algo do universo, a coisa aconteceu como tinha que acontecer, fecha um ciclo muito importante da vida dele, com uma baita homenagem!”.


Apesar de se manter fiel à obra original, Bruno adiantou que algumas mudanças vão ficar perceptíveis em cena, especialmente pelo fato de o Pantanal, como região, ter mudado muito ao longo dessas três décadas: “O tempo é um agente fundamental para o Pantanal, não só na relação humana, na questão social. 30 anos atrás a inovação tecnológica era outra, só tinha rádio. A tecnologia chega, as barreiras desaparecem”.


Imagem retirada da Internet.

O autor pretende ainda tornar a trama mais contemporânea, mas sem alterar sua essência. “Vai ser a mesma história, mas a gente vai assistir uma nova versão, que é a luz do nosso tempo, dos dilemas de hoje, alguns assuntos que envelheceram e não fazem mais sentido, são reorganizados. A ideia é que os personagens, a essência, a dramaturgia, permaneçam os mesmos”.


Fonte/ Portal Zappeando


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