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Após três anos, serviço de táxi lotação é regulamentado em Rio Branco

Após três anos, serviço de táxi lotação é regulamentado em Rio Branco — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

O serviço de táxi lotação, ou a corrida compartilhada, em Rio Branco, foi regulamentado pelo prefeito Tião Bocalom que fez a assinatura do documento nessa sexta-feira (15). A publicação no Diário Oficial (DOE) deve sair na próxima semana.


Essa modalidade já é praticada em Rio Branco desde 2019, após a chegada dos aplicativos e, para driblar a queda no faturamento, os taxistas começaram a prestar serviços de corridas com a lotação.


Durante esse período, eles chegaram a ser multados, segundo informou o presidente do Sindicato dos Taxistas, Teonísio Machado. No início deste ano, o Ministério Público do Acre (MP-AC) encaminhou uma recomendação à Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans) para que fosse apresentado um plano de fiscalização permanente dos taxistas para identificar e punir os motoristas que praticavam corridas compartilhadas de forma irregular.


Mas, agora, o serviço está regulamentado. “Nós ficamos muito temerosos de de repente o nosso sistema acabar e essa foi uma saída. Lá em 2019, nós tivemos essa ideia de copiar o sistema que já existe, em outros estados”, explicou.


Durante esse período, ainda houve um impasse, segundo informou Machado, devido alguns vereadores acreditarem que o sistema poderia prejudicar o trabalho dos ônibus. Mas, ele afirma que o serviço de transporte coletivo é necessário e que a categoria não concorre diretamente com ele.


“Nós não competimos com os ônibus porque trabalhamos com o dobro da passagem de ônibus, então não é uma competição. E graças a Deus, depois de três anos batalhando, ontem nós conseguimos emplacar essa regulamentação”, comemorou.


O trabalho dos taxistas é feito para 16 linhas da capital, e em 14 delas é praticada a tarifa fixa de R$ 6 por passageiro, apenas duas delas, a do São Francisco e Sobral custa R$ 5. Dos 612 taxistas registrados em Rio Branco, 150 atuam na modalidade lotação. Diariamente, são em média 7 mil passageiros que utilizam o serviço compartilhado.


“Saímos daquilo que muita gente achava que a gente trabalhava ilegalmente apesar de existir a lei, mas nós não tínhamos a portaria estabelecendo todo o rito do trabalho. E hoje, somos uma categoria reconhecida pelo poder público. A população já aderiu ao sistema e sabe como funciona, que é através de aplicativo de WhatsApp, por onde as pessoas chamam, perguntam se tem algum carro descendo”, explicou.


Conforme a prefeitura, a modalidade táxi lotação já era prevista na Lei Municipal nº 343, de 26 de maio de 1982 e a portaria apenas regulamenta.


Fonte: G1ACRE


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