A PM Rhaillayne Oliveira de Mello, presa em flagrante pelo próprio marido após matar uma das irmãs, Rhãyna, a tiros na manhã de sábado (2), tinha agredido outra irmã, grávida, horas antes do crime. Ela também atirou para o alto ao ser barrada num bar.
A TV Globo teve acesso aos depoimentos na 73ª DP (Neves) sobre a noite e a madrugada da tragédia, em São Gonçalo. Neste domingo (3), Rhaillayne teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Segundo o marido de Rhaillayne, o também policial militar Leonardo de Paiva Barbosa, a mulher saiu de casa por volta das 20h30 ou 21h para uma festa de família. Na saída, Rhaillayne, a irmã Thaillayne e a mãe, Patrícia, pegaram um carro de aplicativo.
“A briga começou no retorno da festa de família (…). O motivo inicial teria sido pelo comportamento de Rhaillayne com o motorista de Uber, uma vez que ela o considerou suspeito, e Patrícia e Thaillayne teriam repreendido”, narra o termo de declaração de Leonardo.
Gabriel de Souza Motta, pai do filho de Thaillayne e cunhado de Rhãyna e de Rhaillayne, contou que estava com Rhãyna quando ela foi avisada da briga no carro de aplicativo.
“Rhãyna chegou a lhe mostrar uma foto, daquelas que o app só permite uma visualização apenas, de Thaillayne com diversos arranhões”, diz o depoimento do cunhado.
Apesar disso, já na madrugada do crime, Rhãyna recebeu uma mensagem de Rhaillayne convidando-os para beber. Eles encontraram Rhaillayne “bebendo sozinha e mostrando sinais de que estaria sobre o efeito do álcool”.
“Quando o bar fechou, Rhaillayne quis retornar ao estabelecimento para usar o banheiro, mas foi impedida pelos funcionários e pelo proprietário do bar”, narrou Gabriel. “Rhaillayne tentou forçar a entrada e intimidar o proprietário do bar e chegou a dar um tiro para o alto”, destacou.
Depois que saíram do bar, todos foram para um posto de gasolina. “Diante do comportamento de Rhaillayne, Rhãyna chegou a ligar para Leonardo para que levasse a PM para casa”, disse.
“Rhaillayne e Rhãyna se desentenderam e começaram a discutir. Leonardo chegou no posto e tentou acalmar a situação; mesmo assim, a briga entre as duas piorou”, prossegue o termo.
Rhaillayne errou os primeiros disparos, mas conseguiu acertar Rhãyna, que caiu no chão ferida e sangrando, morrendo instantes depois.
Rhaillayne é policial do 7°BPM e foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios de Niterói.
Fonte: G1RJ