A Força-Tarefa de Segurança Pública de Roraima, integrada pelas Polícias Federal, Civil e Penal, deflagrou na manhã desta terça-feira (21) a operação Odisseu com objetivo de combater uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas em vários estados do Brasil.
A operação, deflagrada de forma simultânea em Roraima, Amazonas, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, contou com mais de 170 policiais.
De acordo com a PF, foram cumpridos 96 mandados no país. Destes, 41 são de prisão preventiva, 29 de busca e apreensão e 26 de sequestro de bens. Além disso, seis mandados também foram cumpridos em presídios de Roraima (3), Rio Grande do Sul (1), Paraná (1) e Amazonas (1).
As investigações começaram em 2019 quando as apreensões de skunk se intensificaram em Roraima. O levantamento apontou para um único fornecedor, principal suspeito da distribuição das drogas.
Com o avanço das investigações, os policiais descobriram que o suspeito também traficava cocaína e era chefe de uma organização criminosa responsável pelo transporte de grandes quantidades de drogas.
Os entorpecentes eram oriundos de municípios fronteiriços como Pacaraima, no Norte de Roraima e São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. As drogas eram enviadas aos estados das regiões Sul e Sudeste.
O grupo também contava com uma “estrutura logística de envergadura”, caracterizada pelo uso de veículos de passeio e carretas com fundos falsos para o acondicionamento da droga, permitindo o transporte de quantidades que variavam de 25 até 500 kg de drogas.
Durante as investigações foram presos dez integrantes do grupo e apreendidos quase 900kg de droga, entre skunk, cocaína e maconha. Os investigados são suspeitos de participação em organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Juntas, as penas podem ultrapassar os 40 anos de prisão.
Operação Odisseu
O nome da operação faz referência ao personagem da Ilíada (Odisseu), que idealizou e ajudou na construção do Cavalo de Troia, mesmo ardil empregado pelos investigados para transportar a droga em compartimentos ocultos difíceis de serem detectados pela fiscalização.
Fonte: G1 RR