O tricampeão mundial Pelé pediu nesta quarta-feira (1°), em carta aberta ao presidente russo, Vladimir Putin, o fim da invasão russa à Ucrânia, afirmando que não existem argumentos que justifiquem a violência e lembrando um encontro entre ambos por conta da realização da Copa do Mundo de 2018 na Rússia.
A carta foi divulgada por Pelé em sua conta no Instagram ao mesmo tempo que a Ucrânia estava em campo contra a Escócia em uma partida das eliminatórias do Mundial do Catar deste ano. O jogo foi adiado em março por conta da invasão russa ao país vizinho.
“Eu quero utilizar a partida de hoje como uma oportunidade de fazer um pedido: pare com essa invasão. Não existem argumentos que justifiquem a violência”, disse Pelé na carta.
“Quando nos conhecemos no passado e trocamos um grande sorriso acompanhado de um longo aperto de mão, era inimaginável que poderíamos um dia estar tão divididos quanto estamos hoje”, acrescentou.
Encontro do Rei com Putin
Pelé e Putin se encontraram na tribuna de honra de um estádio russo em São Petersburgo em junho de 2017 por ocasião da realização da Copa das Confederações, torneio realizado um ano antes da Copa do Mundo da Rússia que serviu como teste para o Mundial. O ex-jogador disse em entrevista após o encontro que Putin contou que era fã dele quando criança.
Posteriormente, Pelé voltou a se encontrar com o presidente russo em dezembro de 2017 por ocasião do sorteio da Copa do Mundo, em Moscou. Os dois foram fotografados sorrindo e fazendo um brinde nos bastidores da cerimônia.
“Anos atrás, eu prometi para mim mesmo que, enquanto eu conseguir, sempre levantarei minha voz a favor da paz. O poder de dar um fim a este conflito está nas suas mãos. As mesmas que apertei em Moscou, no nosso último encontro, em 2017″, afirmou Pelé na carta.
Putin lançou o que a Rússia chama de “operação especial” na Ucrâniaem 24 de fevereiro com a justificativa de desarmar e “desnazificar” o país vizinho. A Ucrânia e seus aliados ocidentais chamam isto de um pretexto sem fundamento para uma guerra de agressão não provocada.
Em 1969, em meio a uma guerra civil na África, as forças rivais declararam uma trégua para que Pelé e o time do Santos passassem com segurança entre Kinshasa e Brazzaville, como é mostrado no filme “Pelé Eterno”.
Fonte/ O Alto Acre