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Míssil atinge shopping na Ucrânia e aproximadamente mil pessoas estavam no local

Subiu para 20 o número de mortos no bombardeio russo contra um shopping center de Kremenchuk, no centro-leste da Ucrânia, ontem.


“Pelo menos 20 pessoas morreram no ataque com míssil ao shopping de Kremenchuk”, afirmou o vice-chefe do Gabinete Presidencial da Ucrânia, Kyrylo Tymoshenko.


Ainda de acordo com ele, o bombardeio também deixou 59 feridos, sendo que 25 estão internados, e há mais de 40 relatos sobre “pessoas desaparecidas que pudessem estar no local” durante o ataque.


Centenas de socorristas continuam procurando por vítimas nos escombros do edifício, que, segundo a Ucrânia, não abrigava instalações militares. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, definiu o bombardeio como “cruel”, enquanto o G7 qualificou a ação como um “crime de guerra”.


“É um ato de terrorismo contra civis”, afirmou o governador regional, Dmytro Lunin. A mensagem sugere que não havia alvos militares que a Rússia poderia estar mirando nas proximidades do shopping.


O exército russo afirmou que atacou um depósito de armas em Kremenchuk, o que provocou explosões que incendiaram um centro comercial que, segundo as autoridades, estava fechado.


“As explosões de munição para armas ocidentais provocaram um incêndio no shopping próximo, que não estava operacional no momento”, afirmou o exército em comunicado.


Em uma mensagem no Telegram, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que mais de 1.000 pessoas estavam no centro comercial no momento do ataque. Ele não deu detalhes sobre as mortes, mas disse que “é impossível sequer imaginar o número de vítimas”. “É inútil esperar da Rússia a decência e a humanidade”, escreveu.


“O ataque russo de hoje contra um shopping center em Kremenchuk é um dos atos terroristas mais escancarados da história europeia. Uma cidade pacífica, um centro comercial comum, onde havia mulheres, crianças, civis comuns”, disse Zelensky em vídeo publicado no Telegram.


Chamas tomaram conta de shopping em Kremenchuk após ataque com mísseis.

Pelas redes sociais, o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia compartilhou o relato de Zelensky com um vídeo do shopping em chamas e uma densa fumaça escura saindo do local. “Os ocupantes dispararam foguetes contra o shopping, onde havia mais de mil civis. O shopping está pegando fogo, os socorristas estão combatendo o fogo, o número de vítimas é impossível de imaginar”, diz a publicação.


Pelas redes sociais, Lunin condenou o ataque, o classificando como um “crime de guerra” e um “crime contra a humanidade”. Para o governador, os disparos também foram um “ato de terror não dissimulado e cínico contra a população civil”.


Estrutura de shopping ficou destruída após ataque.

Kremenchuk, uma cidade industrial de 217.000 habitantes antes da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro, é o local da maior refinaria de petróleo da Ucrânia.


Ataque a prédio residencial


Neste final de semana, a Ucrânia também acusou a Rússia de atacar um prédio residencial de nove andares em Kiev, capital do país. Segundo autoridades ucranianas, um jardim de infância também teria sido atingido.


O prefeito de Kiev, Vitali Klitshko, disse que uma pessoa morreu e seis ficaram feridas. Quatro delas foram hospitalizadas, incluindo uma menina de sete anos que foi resgatada dos escombros.


Imagem: Arte UOL.

Moscou respondeu as acusações da Ucrânia e afirmou que bombardeou uma fábrica de mísseis, chamando de “falsos” os relatos de que o ataque atingiu uma área residencial.


De acordo com o Ministério da Defesa russo, o alvo foi a fábrica de armas Artiom, que se enquadra na categoria de instalações de “infraestrutura militar” que Moscou alega estar atacando.


G7 classifica ataque como “crime de guerra”


De acordo com a agência de notícias AFP, os dirigentes internacionais do G7 reagiram a esse ataque russo qualificando-o como “crime de guerra”. Em cúpula, os líderes “condenam de forma solene o ataque abominável” e afirmam que Putin terá de “prestar contas”.


“Os ataques indiscriminados contra civis inocentes constituem um crime de guerra”, afirmaram.


Fonte/ Portal  UOL Notícias


 


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