A ex-ministra Marina Silva (Rede) confirmou, nesta quarta-feira (29), que será candidata a deputada federal por São Paulo.
“Depois de um longo período de discussão, tenho a satisfação de anunciar que aceitei o convite da Rede para disputar uma vaga à Câmara dos Deputados pelo Estado de São Paulo”, publicou nas redes sociais.
Com isso, ela afasta os rumores de que poderia ser candidata a vice-governadora na chapa de Fernando Haddad (PT), que terá o apoio da Rede Sustentabilidade.
“Considero que assim posso colaborar com o objetivo estratégico de mobilizar o Brasil para o grande desafio da reconstrução e construção de políticas públicas capazes de enfrentar o crescimento intolerável das desigualdades, recuperar a economia em bases sustentáveis e preparar o estado e o país para a urgente transição necessária para nos adaptarmos às mudanças climáticas”, disse a ex-ministra.
Com a possível candidatura da ex-presidenciável, a Rede Sustentabilidade tenta aumentar sua bancada na Câmara dos Deputados. Em 2018, elegeu somente uma deputada federal, Joênia Wapichana (RR). Além disso, elegeu 8 senadores, mas 7 deles deixaram a legenda durante o mandato. Apenas Randolfe Rodrigues (AP) permaneceu.
Ex-senadora pelo PT e ex-ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2009, no governo Lula, Marina Silva não ocupa um cargo público desde que deixou o governo petista. Depois, foi candidata à presidência da República em 2010, pelo PV, quando foi terceira colocada; em 2014, pelo PSB, repetindo a terceira colocação; e em 2018, pela Rede, quando amargou um oitavo lugar, com apenas 1% dos votos.
Apoio a Lula
Após compor uma federação partidária com o PSOL para as eleições e os próximos quatro anos, a Rede Sustentabilidade confirmou o apoio oficial à pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida ao Palácio do Planalto.
No entanto, Marina Silva ainda resiste em declarar apoio ao petista, por divergências com o PT vindas desde as eleições de 2014. Há uma expectativa de que ela possa apoiar Ciro Gomes (PDT) no pleito nacional.