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Homem que disse ter participado das execuções de Bruno Pereira e Dom Philips está mentindo, afirma a Polícia Federal

O homem que se apresentou em São Paulo no último dia 18 como um dos envolvidos na execução do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dominique Philips, assassinatos registrados no interior do Amazonas, acaba de ser colocado em liberdade pela Polícia Federal.


Gabriel Pereira Dantas, de 26 anos, que confessou participação nas duas mortes e atribuiu a si a responsabilidade em dar fim aos pertences das vítimas,foi classificado pela Polícia Federal como mentiroso.


De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, a Polícia Federal informou não ter encontrado nexo nas declarações de Dantas. É provável que ele sequer tenha estado na cena do crime e que estaria buscando a própria prisão apenas como uma espécie de salvo conduto para escapar de ser assassinado, já que teria sido condenado pelo tribunal do crime do Comando Vermelho por dívidas adquiridas com a compra de drogas, já que se declara viciados.


Ao se apresentar à Polícia Federal em São Paulo, há dois dias, ele disse que fugiu de Atalaia do Norte, município amazonense por onde passaram as vítimas dos assassinatos e onde viviam seus assassinos, com ajuda de um motorista de caminhão.


Ouvido pela Polícia em Rio Verde, em Goiás, o motorista afirmou ter dado carona sim mas ficou impossível a comprovação de que Dantas tenha estado na floresta onde os dois ativistas ambientais foram mortos.


À Polícia em São Paulo, o homem contou que viu quando atiraram nas vítimas e que ajudou a jogar seus pertences no rio. Como não havia nenhum mandado de prisão contra ele, Polícia Civil o apresentou à Polícia Federal, que investiga o crime contra indigenista e o jornalista inglês. Como não havia nenhum mandado de prisão contra Gabriel, a Polícia Civil gravou seu depoimento em vídeo na sua sede e informou que ele seria apresentado à PF.


Para a Polícia, Gabriel Dantas obteve informações já publicadas pela imprensa sobre o caso e tentou se auto incriminar para ser preso e fugir dos faccionados que querem matá-lo. Bruno e Dom foram assassinados por pescadores ilegais no Vale do Javari.


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