O governador Gladson Cameli optou por um discurso de esperança por dias melhores na cerimônia alusiva aos 60 anos da elevação do Acre a estado, na tarde desta quarta-feira, 15, na Praça da Gameleira, no Segundo Distrito de Rio Branco. Como é tradicional desde 2008, foi feita também a substituição da Bandeira Acreana, como símbolo máximo do estado do Acre.
“O Acre que hoje celebramos já é melhor que o Acre do passado recente, mas ainda está longe do Acre que queremos e teremos para o futuro próximo. Esse é o caminho natural”, afirmou Gladson Cameli, depois de prestar as honrarias militares, passando em revista as tropas da Polícia Militar do Estado do Acre (PMAC), Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre e os estudantes dos colégios militares Tiradentes e Dom Pedro II.
A tarde ensolarada deu o tom perfeito para que o Pavilhão Acreano fosse hasteado com todas as pompas merecidas, enquanto autoridades e as pessoas acompanhavam com atenção a cada etapa dos ritos, sob os acordes da Banda de Música Furiosa da PMAC. A substituição da Bandeira Acreana, todos os anos, tem como base o Decreto Governamental 3.081 de 3 de junho de 2008.
Para o governador, a data tem um simbolismo especial porque contou com a expressiva participação da sua família. “O estado do Acre, que hoje celebra 60 anos de autonomia política, é filho de aventuras históricas sucessivas, e quem nasce ou torna-se acreano carrega pela vida toda a dimensão dessa linda história que para muitos é a história do improvável”, destacou.
E foi mais além. “O estado de espírito que nos move como uma gente multicultural e amazônica, não nos permite chamar o Acre e o acreano de um povo singular. Por isso, me orgulho de minhas raízes fincadas a partir dos meus avó Marmud e Marieta Cameli, dos meus tios Orleir e Chiquinho e do meu pai Eládio, desbravadores dessa terra como assim os são os avós, pais e tios de cada um de vocês aqui presentes”, pontuou o governador.
Lauro Santos, neto do ex-governador José Guiomard Santos – líder do Movimento Autonomista que elevou o Acre de território à condição de estado – classificou o ato desta quarta-feira como necessário para que as pessoas mantenham vivas a memória de um estado do qual devem se orgulhar.
“O Acre do passado nos orgulha e o do futuro nos pertence. O povo que não entende o passado não compreende o presente e não sabe para onde vai no futuro. Hoje não são 60 meses, não são seis anos, mas sim 60 anos de uma singularidade de um legado do meu avô dentro dos valores da ética e da dignidade que precisamos levar para as futuras gerações”, salientou Lauro Santos.
Além do aniversário de 60 anos do Estado do Acre, a Assembleia Legislativa também se tornou sexagenária nesta quarta-feira, 15, e foi representada pelo seu presidente, o deputado Nicolau Junior. O Tribunal de Justiça do Estado do Acre foi representado pelo desembargador Luís Camolez.
Em solenidade no Palácio do Planalto, na tarde do dia 15 de junho de 1962, o presidente João Goulart sancionava a Lei n° 4.070, que elevava o Território do Acre a Estado. O Acre se tornava definitivamente Estado.
Participaram também das celebrações na Praça da Gameleira, o corpo de oficiais da PMAC, do Corpo de Bombeiros, sargentos, cabos e soldados, além de deputados estaduais, representantes de http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrações municipais, secretários de estado, estudantes da rede pública de ensino e parte da população de Rio Branco.
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Fotos: Diego Gurgel/Secom