Uma comissão representando as 109 famílias que foram retiradas foi ouvida mais uma vez na Assembleia Legislativa do Acre. Além das famílias, o presidente em exercício da Aleac, deputado Jenilson Leite (PSB), convidou o Governo, Ministério Público e Procuradoria Geral do Estado.
Os deputados Edvaldo Magalhães e Nenem Almeida, também participaram da reunião, além do comandante da PM, coronel Paulo César Gomes, o secretário de Planejamento, coronel Ricardo Brandão, o chefe da Casa Civil, Jonathan Donadoni, e o diretor jurídico do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), Leandro Simão.
Jenilson abriu a reunião cobrando respostas do poder público, especialmente pela ausência de políticas públicas para área de habitação. “Nestes quase quatro anos não tivemos a construção de nenhuma casa popular, não tivemos nenhuma iniciativa concretizada por parte do Governo e essa situação precisa ser resolvida, portanto convidamos aqui representantes do Estado, da PGE e do MP para dialogarmos sobre a situação”, pontuou.
O secretário de Planejamento, coronel Ricardo Brandão, deu algumas explicações e justificou a ação dizendo que durante o feriado houve um “tensionamento” na área com chegada de mais pessoas. Negando truculência, ele diz que foi pessoalmente coordenar a reintegração.
“A liminar de caráter emergencial foi para conter isso. O aparato policial numa reintegração é sempre montado e de forma completa”, disse.
Valdir França, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, denunciou truculência, ameaças e coação por parte dos policiais militares e disse que a decisão das famílias é não aceitar o aluguel social, por acreditar que isso não resolve a situação, tendo em vista as limitações como a do tempo máximo, que é de três meses.
Ao fim da conversa, ficou pactuada uma nova reunião na próxima terça-feira (27) para que o Estado apresente soluções.
Fonte: ASSESSORIA