O policial penal Fernando de Souza, de 51 anos, colocou a própria casa a prêmio para conseguir fazer uma cirurgia e retirar um dos rins. É que ele foi diagnosticado com câncer no órgão e precisa arrecadar R$ 22 mil para fazer o procedimento.
A cirurgia deve ser feita em um hospital particular da capital acreana Para levantar o valor, o policial vai fazer um bingo no próximo dia 9 de julho em Rio Branco. O valor da cartela é R$ 100.
“Tenho duas casa, coloquei uma delas a prêmio. A casa fica no Conjunto Universitário, estou morando nela, mas vou sair quando tiver o bingo. A casa vale bem mais, mas o que importa mesmo é conseguir os R$ 22 mil”, explicou.
O servidor público descobriu a doença esse ano após sentir dores nas costas. As dores surgiram depois que ele foi infectado pela Covid-19 três vezes. Souza foi ao médico e profissional encontrou um nódulo no rim esquerdo.
“Eu tenho um histórico de câncer na família, já tive câncer de pele, sou paciente do Hospital de Amor. O médico falou que pelo histórico de câncer da família, não adianta fazer biópsia, vamos logo tirar o rim. Não querem mexer para não espalhar. Querem logo retirar o rim, é uma cirurgia preventiva. O médico falou que o rim está bom, mas o problema é a probabilidade de o câncer se alastrar”, contou.
Com a urgência do procedimento, o policial disse que preferiu se mobilizar logo para fazer a cirurgia pela rede particular de saúde. “Não vou querer também passar na frente de uma pessoa que faz tratamento, faz hemodiálise, por exemplo. Como tenho um bem a mais, resolvi fazer logo o bingo. Tenho duas casas”, destacou.
O policial falou que, mesmo que não consiga o valor da cirurgia, vai fazer o bingo no dia 9 de julho. Até esta segunda-feira (13) foi arrecadado R$ 8 mil. “Fui avaliado por quatro médicos e todos falaram que tenho que tirar o rim. Mesmo que eu não consiga o valor vou fazer o bingo, não vai passar desse dia. É uma questão de honra, caráter. Se não conseguir, vamos ver como conseguir o restante do valor”, afirmou.
O servidor público disse que não pensou em colocar o imóvel à venda por causa do tempo que pode levar para vender. “Poderia levar um ano, um ano e meio e até dois anos para vender. A urgência que tenho não pode esperar, o médico falou que o quanto antes puder fazer melhor. Pode ser que se torne pior, não quero apostar em uma piora e por isso tomei essa decisão”, concluiu.