A Justiça concedeu nesta quarta-feira (15) liberdade provisória ao irmão da adolescente Geovana da Costa Martins dos Santos, de 13 anos, que foi morta e enterrada em casa pelo pai em Jacareí (SP). O jovem foi preso no dia 10 suspeito de participar do crime fazendo a ocultação do cadáver.
A decisão do juiz Marcos Augusto Barbosa dos Reis teve base em um pedido do advogado Jorge Cespedes, responsável pela defesa do jovem, e estabelece que o irmão precisa cumprir algumas obrigações, como comparecimento a audiências, evitar determinados locais.
O magistrado considerou que o jovem tem direito ao benefício por ser réu primário e ter bons antecedentes. A investigação da Polícia Civil está em fase final e ele pode ter que depor novamente. O jovem estava preso na cadeia de Jacareí. O pai segue preso.
O caso
Geovana da Costa Martins dos Santos, de 13 anos, estava desaparecida desde o dia 20 de maio. A polícia investigava o caso e familiares e amigos se mobilizaram nas buscas pela jovem.
A família chegou a dar entrevista à TV Vanguarda sobre o caso. Na entrevista, o pai conta que estava com ela em casa, quando a adolescente saiu e não foi mais vista.
Investigação
Durante as investigações, a polícia descartou as duas hipóteses de apuração: a de que ela poderia estar perdida em uma área de mata, já que participava de um grupo de escoteiros; e de que ela poderia ter se envolvido com algo ilícito e disso o sumiço.
Ao fazer buscas no bairro, a polícia encontrou partes de concreto e piso em um terreno baldio e ao entrarem na casa da vítima perceberam que eram similares. Após a descoberta, fizeram a busca e encontraram o corpo da jovem em um saco enterrado no quarto do irmão.
Pai confessou o crime
Após o encontro do cadáver, o pai de Geovana confessou o crime. Ele disse ter usado cocaína e durante uma discussão com a filha a estrangulou. Após o ato, enterrou a adolescente.
O homem foi preso em flagrante e o filho, onde o corpo estava enterrado também. A polícia pediu a prisão dele para investigar seu envolvimento.
O jovem de 20 anos alegou que chegou em casa no dia em que a família havia relatado o sumiço e o pai fazia uma obra em seu quarto. O homem teria alegado que seria preciso uma pilastra no cômodo e então o jovem saiu. Na volta, o local estava com o chão irregular, mas não suspeitou de crime.
No sábado (11) o pai passou por audiência de custódia e sua prisão foi convertida em preventiva. A do irmão da vítima também foi mantida até ser relaxada, nesta quarta-feira.