Estudo do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta quarta-feira (28), revela que houve, no país, uma redução de pelo menos 6% em comparação com o ano e 2020 de mortes violentas em 2021. Estudo sobre o ano de 2022 só será divulgado em 2023. O Acre foi um dos Estados que reduziram os índices.
No entanto, pelo menos seis estados da regiões Norte e Nordeste, apresentaram aumento de crimes no mesmo levantamento. O Brasil, mesmo com esses índices a menos, continua um dos países mais violentos do mundo. Em 2021, o Brasil registrou o menor patamar de mortes violentas em 11 anos, segundo o levantamento.
Em números absolutos, foram 47,5 mil mortes no ano passado, contra 50,4 mil em 2020. Realizado desde 2007, o levantamento estatístico se baseia em dados do ano anterior.
Apesar da queda, o Brasil segue como líder em mortes violentas no mundo, com cerca de 20% dos crimes dessa categoria registrados em 2021. Na sequência, aparecem Índia (com 40.651 homicídios) e México (36.579). O Brasil é, portanto, o terceiro país do mundo que mais mata seres humanos.
Os números divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, integram a categoria de mortes violentas intencionais — homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, e mortes cometidas pela polícia.
A Região Norte, foi a única do país que registrou alta em 2021: 9%. A maior taxa de crimes na região e em todo o país foi registrada no Amapá, com 53,8 mortes violentas por 100 mil habitantes.
Estados que tiveram alta entre 2020 e 2021 foram Amazonas (49%), Amapá (33%), Piauí (11%), Rondônia (10%), Roraima (9%) e Bahia (1%). O Acre está fora desses números negativos.
Os homens foram 90% das vítimas de homicídios e latrocínios, e 99,2% são as vítimas homens em mortes causadas por policiais. Os negros foram 78% das vítimas de homicídios, e 84% das vítimas de mortes cometidas por policiais