A partir deste mês os brasileiros vão sentir mais ainda o peso das contas de luz em seus orçamentos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou reajustes nas tarifas de 7% a 24% para clientes residenciais.
Outra preocupação que o consumidor deve ter em relação ao valor que vai pagar na conta de luz, além da venda da Eletrobras, é com os impostos incluídos na conta como PIS e Cofins (federais) e ICMS (estadual); e tributos variáveis, como os custos de distribuição, transmissão e geração, que variam de estado para estado; encargos setoriais, destinados a cobrir custos do setor elétrico; bandeira tarifária; e a parte que o consumidor pagar para as prefeituras garantirem a iluminação pública.
Aumentos serão maiores com privatização da Eletrobras
O aumento nas contas poderá ser ainda maior com a decisão do governo de Jair Bolsonaro (PL), em vender a Eletrobras. Economistas e especialistas do setor alertaram diversas vezes sobre os perigos da privatização da empresa pública, que, inclusive está sendo vendida bilhões de reais abaixo do valor de mercado.
Sobre as bandeiras:
A cada mês, as condições de operação do sistema de geração de energia elétrica são reavaliadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que define as cores das bandeiras tarifárias, a partir da previsão de variação do custo da energia. Somente em setembro do ano passado as bandeiras tarifárias subiram entre 50% e 58%.
Bandeira tarifária:
Verde: as condições são favoráveis para a geração de energia, não há acréscimo na conta.
Amarela: as condições de geração são menos favoráveis, e o consumidor paga R$ 0,01874 a cada kWh.
Vermelha (patamar 1): a geração de energia é mais custosa, e há aumento de R$ 0,03971 por kWh consumido.
Vermelha (patamar 2): o aumento vai para R$ 0,09492 por kWh consumido.
Escassez hídrica: é a situação mais cara e crítica, o impacto na conta é de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.