Nos cinco meses do ano de 2022, o Acre conseguiu gerar mais de 2.500 empregos com carteira assinada, segundo dados do Caged – sigla do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, órgão do governo federal que serve para subsidiar o Programa de Seguro-Desemprego, a fim de conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais. De acordo com o Caged, em todo o país foram criados no mesmo período 277.018 empregos com carteira.
O número aponta a diferença entre 1.960.960 contratações e 1.683.942 desligamentos registrados no mês de maio. Foi o quinto mês consecutivo de alta, mas o salário médio de admissão caiu. Em maio, o novo contratado recebeu em média R$ 1.898,02, uma redução de 0,94% em relação ao mês anterior. algo como R$ 18,00 a menos.
No acumulado de 2022, o saldo é de 1.051.503 empregos, decorrente de 9.693.109 admissões e de 8.641.606 desligamentos. O Ministério também revisou para cima o saldo de abril, de 196.966 para 197.443 empregos.
Todos os setores tiveram saldo positivo no mês, diz o governo federal. A área de serviços foi a que mais abriu postos, com 120.294 novos contratos. Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, geraram 47.557 novas vagas; Indústria geral: 46.975 novas vagas; Construção: 25.341 novas vagas; Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: 26.747 novas vagas. . Na divisão pelas regiões brasileiras, as cinco apresentaram saldo positivo na geração de novas vagas, com a região Sudeste com o maior número de novas vagas, e a Centro-Oeste com o maior crescimento. Sudeste (+147.846 postos, +0,69%); Nordeste (+48.847 postos, +0,73%); Centro-Oeste (+33.978 postos, +0,94%); Sul (+25.585 postos, +0,33%); Norte (+16.091 postos, +0,82%).
O salários, entretanto, não vêm acompanhando o ritmo de crescimento. Segundo os dados divulgados, o salário médio de admissão em maio foi de R$ 1.898,02 no território nacional. Comparado ao mês anterior, houve decréscimo real de R$ 18,05, uma queda de 0,94%. Quatro dos cinco setores registraram queda no salário. O único com variação positiva foi o da construção.
Acre gerou mais 2.304 postos de empregos formais nos primeiros quatro meses deste ano. O número é 44% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o saldo de janeiro a maio ficou em 1.596. O balanço é feito de acordo com os saldos mensais divulgados pelos Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Nestes cinco meses, o que mais chama atenção é o de março. Em 2021, o Acre passava pelo pico da pandemia e as medidas sanitárias de saúde fizeram com que muitos setores fechassem, principalmente o de serviços. Em março do ano passado, a saúde chegou a colapsar.
Naquele ano, março registrou apenas 35 novas vagas de emprego, já este ano esse número saltou para 643. Em abril do ano passado, o governador do Acre, Gladson Cameli, anunciou a flexibilização e abertura geral do comércio nos fins de semana no estado acreano. A decisão foi tomada um mês após a divulgação de medidas mais restritivas para conter o avanço da Covid-19.
Outra mudança na época foi sobre o toque de recolher. Antes da flexibilização o horário era das 19h às 5h e com a mudança passou para 22h às 5h.
Todas essas mudanças e a retomada de tantas atividades fazem o comércio, de forma geral, ficar mais otimista, conforme o http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrador de empresas e assessor institucional da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC), Egídio Garó. Ele explica que os números trazem boas expectativas e demonstram que o Estado vem desenvolvendo políticas que aumentam a geração de emprego e renda.
“Tem gerado emprego, os negócios, de certa forma, estão retomando às atividades normais, o volume de demissões ocorridas, de fechamento de pequenos negócios nos últimos dois anos da pandemia, vem retornando, então, há um número considerado de contratações e isso é uma informação extremamente otimista e também nos permite uma expectativa otimista com relação a continuidade no número de elevação de empregos“, destacou.
Garó afirmou que a geração de empregos aumenta o consumo no mercado que, consequentemente, movimenta a economia, faz aumentar os estoques e traz novas contratações. Ele relembrou que o setor de serviços foi um dos que mais teve prejuízo durante a pandemia. “Isso é extremamente relevante para a economia para Estado e também de Rio Branco, que é a capital e tem um volume maior. O serviço teve um prejuízo muito grande com o fechamento dos negócios, principalmente relacionados a conservação, manutenção predial, alguns de consultoria e assessoria“, friso.
Ele acrescentou que os setores de serviço, comércio, indústria, geralmente, contratam mais no Estado. “Tem gerado um volume de serviços prestados considerado também, esse ano tem crescido bastante. Mas, de uma maneira geral, o emprego e renda são gerados por todos os segmentos da economia. No Acre, o comércio como representa a maior intensidade dos negócios e maior parcela da atividade econômica, então, contrata bem mais do que os outros setores. Outros segmentos também contrataram muito para garantir a continuidade de emprego e renda“, concluiu.