Os 27 líderes da União Europeia (UE) concordaram na noite de segunda-feira (30) em proibir a importação de dois terços do petróleo da Rússia por conta da invasão na Ucrânia. A informação foi divulgada pelo presidente do Conselho da UE, Charles Michel.
“As sanções afetarão imediatamente 75% das importações de petróleo russas. E até o final do ano, 90% do petróleo russo importado na Europa será banido”, escreveu Michel em sua conta oficial no Twitter.
Além disso, os líderes da União Europeia também vetarão o banco Sberbank, o maior da Rússia e proibir a transmissão de mais três emissoras estatais russas.
Após o anúncio das medidas, os preços do petróleo já passaram os US$ 121 o barril.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
Fonte: RedeTV!